Solidariedade, reconstrução e prevenção. Esse é o trinômio mais abordado pelas mídias quando o assunto é a tragédia vivida pelos nossos irmãos e irmãs do Rio Grande do Sul. Em relação à solidariedade, os brasileiros continuam dando exemplo humanitário. Milhões de doadores anônimos ou não, têm se empenhado em ajudar com recursos financeiros e materiais a população duramente afetada pelas enchentes. Neste sentido, gostaria de destacar o trabalho desenvolvido pela “Corrente Solidária” formada por milhares de lideranças do sindicalismo comerciário em todo o Brasil.
A rede deste movimento sindical continua desenvolvendo estratégias para socorrer o grande número de flagelados. As doações de produtos estão sendo feitas nos Sindicatos Filiados.
Também é possível fazer doações em dinheiro diretamente ao Banco do Estado do Rio Grande do Sul por meio do PIX, Chave: 92.958.800/0001-38.
Tenho encorajado a participação de todos. Mas, se por alguma razão, você que lê esse artigo, neste momento, não puder doar, ajude de outra forma, compartilhando as informações sobre os locais de coleta e como enviar recursos para as autoridades gaúchas que se encarregam de fazer a melhor gestão humanitária.
Reconstrução
A reconstrução das cidades afetadas no Rio Grande do Sul é um desafio para todos nós. O trabalho envolve ações de governos, nos três níveis, iniciativa privada, um grande número de organizações de profissionais e, principalmente, o exemplar trabalho dos voluntários. Essa rede cresce cada vez mais e, mais uma vez, se destaca o espírito solidário de todos. As ações para reconstrução devem levar em consideração a infraestrutura jurídica, social e econômica. Há também outro aspecto muito importante: a recuperação da autoestima.
Os desafios são muitos. Um deles é a necessidade de uma eficiente coordenação entre todos os envolvidos nesta árdua e duradoura missão. Tenho certeza de que um novo Rio Grande do Sul vai emergir desta tragédia, com o fortalecimento dos gaúchos para enfrentar novos desafios.
Prevenção
Esta catástrofe serve de alerta para o Brasil e o mundo. Chama a atenção um levantamento feito pelo Escritório das Nações Unidas para a Redução do Risco de Desastres (UNDRR) que concluiu que para cada dólar investido na redução e prevenção de riscos, pode-se poupar até US$ 15 na recuperação pós-desastre. O escritório da ONU destaca que são evidentes os benefícios econômicos e sociais, em termos de custos do investimento na prevenção.
O velho ditado popular “prevenir é melhor do que remediar” está cada vez mais atual, diante do cenário de desastres ambientais em que vivemos!
Luiz Carlos Motta é presidente da Fecomerciários, da CNTC e Deputado Federal (PL/SP)