O governador eleito Tarcísio de Freitas para o estado de São Paulo já começa muito mal. Ele anunciou a indicação do empresário Renato Feder para a Secretaria de Educação. Péssima notícia para estudantes e profissionais da educação. Justamente porque os interesses empresariais não coadunam com o interesse público de uma educação gratuita, democrática, de qualidade, inclusiva e que abranja toda a diversidade humana.
A gestão de Feder na Secretaria de Educação do Paraná foi um desastre. Acumulou intolerância, falta de diálogo e negligência com a gestão pública. Porque é integralmente alinhado aos interesses dos empresários e fundações educacionais, que nada mais são do que empresas em busca de lucro.
Além disso, o preferido do governador alimenta a proposta de ensino remoto com menos professoras e professores, o que pode aumentar a falta desses profissionais, que já é grande em São Paulo. O estado não faz concursos para a educação há nove anos, com isso grande parte dos profissionais têm contratos precários de trabalho, chamados de temporários.
Essa situação tende a piorar com Feder que tem a visão do mercado e tem o projeto de parcerias com o setor privado, pelo qual visa entregar escolas para serem administradas por empresas. Ou seja, em vez de aplicar o dinheiro público em escolas públicas, tende a repassar esse dinheiro para empresários, que podem ganhar muito dinheiro sem investir nenhum centavo.
A luta contra a destruição da educação pública passa pela mobilização da sociedade para impedir que Renato Feder seja nomeado para a Secretaria de Educação do Estado porque ele representa o que há de pior na intenção privatista e elitista da educação.
Com esse projeto de transferência de dinheiro público, pago com os nossos impostos, para empresários, as filhas e filhos da classe trabalhadora correm o risco de ficar sem escola. Dessa forma, o que já está ruim pode ficar infinitamente pior.
A luta de todas e todos em defesa da educação pública precisa ser agora. Não podemos aceitar ainda mais retrocessos. A educação pública necessita de investimentos na adequação dos espaços para o processo de ensino-aprendizagem funcionar a todo vapor em favor da disseminação do conhecimento.
Assine aqui a petição contra Renato Feder na educação paulista.
Professora Francisca é diretora da Secretaria de Assuntos Educacionais e Culturais da Apeoesp – Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo, da Saúde da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Educação (CNTE), secretária de Finanças da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e diretora da CTB-SP.