PUBLICADO EM 22 de out de 2024
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Privatizar o lucro; ceder o desespero

No momento em que mais se fala sobre a responsabilidade da Enel acerca da falta de energia para milhares de famílias paulistanas, devido ao forte temporal que caiu em São Paulo na última semana, quero deixar aqui uma reflexão.

Lineu manzanoQuando políticos alinhados com o liberalismo falam em privatizar setores essenciais para o povo brasileiro, com amplo apoio de sua base eleitoral, eles estão visando o lucro. Sempre o lucro.

Um exemplo disso era a tentativa de privatização da Petrobras durante o governo Bolsonaro. O petróleo é um negócio lucrativo demais em todo o mundo. Quem detém poços de extração, não entrega de bandeja.

Mas com o olhar de que isso pode enriquecer grandes empresários, as regras desse jogo mudam. E então o povo passa a ser forçado a pagar mais caro por algo que deveria satisfazer às suas necessidades mais básicas.

O mesmo ocorre com a energia elétrica. A Enel, empresa que cuida da geração e distribuição de energia em São Paulo, tem esse olhar. O lucro é todinho dela. O povo paga mais caro. Quando há momentos de crise, não é problema dela.

Enquanto Servidores Públicos e dirigentes sindicais da categoria, buscamos defender os direitos dos trabalhadores e também da população que utiliza os Serviços Públicos gratuitos.

Essa crise nos mostra que, enquanto estivermos envoltos à falácia da sanha privatista, estaremos à mercê de grandes empresários que só querem ficar cada vez mais ricos. Gere o desespero que gerar na população. Afinal, o problema não é deles.

Lineu Mazano, Presidente da Federação dos Sindicatos dos Servidores Públicos do Estado de São Paulo (Fessp-Esp) e Vice-Presidente da Confederação dos Servidores Públicos do Brasil (CSPB)

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