No Dia da Professora e do Professor – 15 de outubro – é necessário refletir sobre a importância da educação pública na vida de um país. Com a certeza de que nenhuma nação se desenvolve humana e socialmente sem investir maciçamente em educação.
E como neste ano o Brasil vive uma eleição histórica, É importante votar a favor da educação pública para não reclamar depois da falta de perspectivas para a juventude. É importante agir agora, mudar os rumos e construir uma nação mais humana, voltada para os interesses do povo brasileiro.
Nesse contexto, o papel das professoras e professores é fundamental com o objetivo de alertar sobre os perigos que vivemos nesta conjuntura de discriminação, de ódio, de violência, de desrespeito à Constituição, aos direitos humanos, à ciência, à cultura e à vida.
Somente dessa maneira, superaremos os velhos preconceitos, que barbarizam a nossa sociedade. A população mais vulnerável é a que sofre mais com esses preconceitos forjados por uma parcela da elite para impedir a unidade da classe trabalhadora e a transformação da sociedade avançando no processo civilizatório para construir uma sociedade voltada para o respeito, para a justiça, para a paz e para o amor.
É com o conhecimento científico que podemos vislumbrar o mundo novo. Um mundo onde todas as pessoas possam viver sem medo de serem o que quiserem ser.
No Brasil, há cerca de 2 milhões de professoras e professores. No estado de São Paulo são mais de 200 mil. Atualmente vivemos uma perseguição jamais vista em toda a história. Perseguição para impor o pensamento único, que, aliás, é a falta de pensamento. E dessa forma, facilitar a dominação sobre as classes populares, sem consciência para questionar o seus direitos mais elementares.
Para isso, tentaram implantar a chamada “escola sem partido”, a escola da doutrinação fundamentalista. E a única maneira de implantar a opressão é esmagando o conhecimento e a liberdade de pensar. Essa é a razão dessa perseguição ao magistério. Pois é na escola onde as crianças aprender a pensar por si próprias e a questionar valores de dominação preestabelecidos e que só fazem mal à sociedade.
Como a escola sem partido naufragou, o desgoverno faz de tudo para implantar as escolas cívico-militares, mentindo, como sempre faz, sobre a eficiência dessas escolas comandadas por policiais em vez de profissionais da área, como se educação fosse caso de polícia.
Pesquisa recente do Datafolha mostra que a população respeita os docentes e não quer escolas militares. Que a sociedade defende uma escola pública de qualidade, democrática e voltada para a diversidade.
Mas o desgoverno federal e o atual desgoverno de São Paulo operam ao contrário. No âmbito federal os cortes de verbas da educação gira em torno de bilhões e no estado mais rico da nação, as verbas vão para empresas privadas e, com isso, grande parte das escolas ficam sem a estrutura necessária para o bom desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem, como querem as professoras e professores.
Esse fato frustra os docentes. Porque queremos ensinar e aprender com nossos alunos. Queremos perceber o desenvolvimento pleno dos estudantes, sabendo que dessa forma se transformarão em adultos conscientes de seus direitos e deveres e trabalharão por uma sociedade baseada no respeito, na dignidade, com democracia e liberdade.
A melhor homenagem que podemos fazer às professoras e professores neste dia tão importante, é continuarmos perseverantes na luta por um plano de carreira decente, por salário compatível com a responsabilidade e por formação continuada, conferindo dignidade às professoras e professores, que merecem mais respeito de toda a sociedade.
Com a certeza de cravar o 13 para elegermos Luiz Inácio Lula da Silva mais uma vez presidente do Brasil e Fernando Haddad para governar o estado de São Paulo. E assim recuperar a nossa sociabilidade, a ternura, a generosidade e o respeito a todas as pessoas.
Professora Francisca é diretora da Secretaria de Assuntos Educacionais e Culturais da Apeoesp – Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo, da Saúde da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Educação (CNTE), secretária de Finanças da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e diretora da CTB-SP.