Nunca o Dia Mundial da Saúde foi tão necessário como hoje. A data foi criada em 7 de abril de 1948 para homenagear a fundação da Organização Mundial da Saúde nesse dia. Também para chamar a atenção da humanidade para a importância de investir na saúde pública e cuidar de todas as pessoas, salvando vidas.
Com a pandemia do coronavírus, a data ganha relevância por causa da necessidade de vacinação de toda a população mundial para vencermos a covid-19. São milhões de vidas perdidas porque existe gente relutante em fazer o necessário lockdown e parar tudo por ao menos 15 dias e depois retomar as atividades e seguir em frente.
O negacionismo mata. Não seguir as determinações da ciência mata. Pregar tratamento precoce com remédios comprovadamente ineficazes para essa doença é um verdadeiro crime. Não seguir os protocolos determinados pela ciência também é crime. Como é crime não efetivar medidas econômicas para que a população mais vulnerável possa permanecer em isolamento social. Além de tudo isso, é fundamental criar medidas sanitárias com acesso de todas as pessoas à necessária higienização para frear a disseminação do vírus.
Por todas essas questões, o Brasil infelizmente se transformou no epicentro da pandemia. Já contamos com mais de 330 mil vidas perdidas, mais de 15 milhões de contaminados e a vacinação caminha a passo de tartaruga porque o presidente Jair Bolsonaro negligenciou a pandemia e não quis comprar vacina na hora certa. Agora faltam vacinas no país.
Os setores privatistas sempre atacaram o Sistema Único de Saúde (SUS). Desde a gestão de Michel Temer, as verbas para o Ministério da Saúde vêm diminuindo. Bolsonaro não destinou nenhuma verba para o combate à covida no Orçamento da União para 2021, negligenciou o Programa Mais Médicos, a começar pela praticamente expulsão dos médicos cubanos. Hoje faltam médicos e demais profissionais da saúde para dar conta do colapso da saúde.
Por isso, reverenciar o Dia Mundial da Saúde significa reverenciar todos os profissionais desse setor vital para o país. Enfermeiras, auxiliares, técnicos, médicos, enfim todos os profissionais da saúde dão o seu melhor para salvar vidas, inclusive se expondo a riscos pela falta de equipamentos de proteção individual e pela relutância de muitas pessoas em seguir os protocolos necessários contra a disseminação do vírus.
Impeachment de Bolsonaro já para o país retomar o rumo do desenvolvimento com justiça social. Neste momento crucial, o impeachment significa salvar vidas, com valorização da ciência e do serviço público. O país agradece. Fora Bolsonaro!
Francisca Rocha é secretária de Assuntos Educacionais e Culturais do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), secretária de Saúde da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Educação (CNTE) e dirigente da Central dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Brasil, seção São Paulo (CTB-SP).
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