PUBLICADO EM 17 de ago de 2022
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Democracia e prato cheio

Bolsonaro fez um estrago desgraçado no emprego, nos direitos e renda dos brasileiros, da ativa e aposentados. Um dos resultados é o agravamento da miséria, com a volta do Brasil ao mapa da fome.

A democracia é o melhor dos regimes políticos. Mas ela não pode ser um valor abstrato, longe da vida real.

Democracia boa vem acompanhada de arroz, feijão e mistura no prato. Aliás, já diz o povo: “meu prato predileto é o prato cheio”.

Bolsonaro fez um estrago desgraçado no emprego, nos direitos e renda dos brasileiros, da ativa e aposentados. Um dos resultados é o agravamento da miséria, com a volta do Brasil ao mapa da fome.

Mergulhado na crise e por estar atrás nas pesquisas, Bolsonaro esperneia e aumenta seus ataques. Ataca as urnas eletrônicas, o STF, o TSE e assim por diante, buscando confundir a cabeça das pessoas.

Mas a toda ação existe reação. E elas têm sido várias, como as Cartas e Manifestos de diversas entidades, em defesa da democracia, da lisura eleitoral e da justiça social. A principal delas já supera 1 milhão de assinaturas. E um dos Manifestos foi subscrito por 106 entidades – Das Centrais à USP, da UNE à Fiesp, do Movimento de Mulheres à OAB, entre outras.

Nosso Sindicato apoia toda iniciativa do campo democrático. Mas o sindicalismo também tem uma “carta” específica. Ela foi aprovada dia 7 de abril, na nova Conclat. As Centrais indicam reivindicações e fazem propostas pra gerar empregos, fortalecer o setor produtivo e distribuir melhor a renda.

O movimento sindical lida com a vida real – do metalúrgico, condutor, gari, vigilante e de tantas outras categorias. Todas apoiam a democracia, mas a Carta da Conclat quer mais: quer democracia e emprego; democracia e prato cheio.

A crise sem fim fez o brasileiro largar a carne bovina pela suína, passar pro ovo e, devido ao aumento de tudo, ficar mesmo é no arroz, feijão e farinha. E muitos nem isso têm. Nos bairros pobres, o desjejum tem sido um café ralo e seja o que Deus quiser no resto do dia.

De um ano e meio pra cá, o Sindicato fez duas campanhas pra arrecadar alimentos, realizou o Natal Sem Fome e também arrecadou uma grande quantidade de roupas pra famílias pobres enfrentarem o frio. Toda sexta, distribuímos leite no Instituto Meu Futuro.

Nós procuramos fazer a nossa parte naquilo que é cívico e solidário. Quem não faz a parte que lhe cabe é o governo. E o responsável é Jair Bolsonaro. Desde o início de seu governo, o sindicalismo reivindica R$ 600,00 de Auxílio. Só agora, pra ganhar votos, ele concede o Benefício, depois de nosso País voltar ao mapa da fome, com 33 milhões de famintos.

INDÚSTRIA – O Brasil é o maior produtor mundial de proteína animal. Se o Agro fosse mesmo pop, não tinha ninguém passando fome. Top é a indústria nacional que fabrica máquinas modernas pro agro lucrar. Os representantes da indústria não entram nesse debate em prol do setor. Mas o Brasil precisa fortalecer a indústria nacional pra gerar empregos e voltar a crescer.

Josinaldo José de Barros (Cabeça)
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região

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