PUBLICADO EM 07 de jun de 2024
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Cada vez mais o governo de São Paulo mostra a sua cara fascista e seu ódio à educação pública

Professora Francisca

Professora Francisca

O governador Tarcísio de Freitas nunca enganou ninguém e só embarca na sua hipócrita campanha, mirando o Palácio do Planalto em 2026, quem quer ou comunga dos mesmos projetos destruidores do bem-estar social, dos serviços públicos e da inteligência.

A saúde do estado está abandonada e os serviços pioram dia a dia porque o desgoverno estadual sucateia a saúde pública por interesses escusos de empresários em detrimento de quem realmente necessita do atendimento.

E parte da mídia do capital até mostra o descaso com a saúde, mas não deixa claro as responsabilidades do governo estadual, como tenta esconder as ações do governo federal no Rio Grande do Sul e não mostra as ações desastrosas do governo gaúcho e de prefeitos na questão ambiental.

Os paulistas vivem o dilema do desemprego e da precariedade cada vez maior dos serviços públicos, pois o projeto neofascista de Tarcísio repete o desgoverno de Jair Bolsonaro. Por isso, é essencial debater com a população o desserviço que esse desgoverno faz em São Paulo. O preço a pagar por esse verdadeiro desastre será cobrado no futuro e é a população que vive do trabalho que pagará essa conta.

Na saúde, Tarcísio demite, terceiriza e visa a privatização. Na educação entrega dinheiro público para empresas privadas, que assim apenas ganham, sem investir um centavo sequer do próprio bolso, com vistas à privatização e total destruição da educação pública.

Além disso, burla a Constituição e cria as tais escolas cívicos-militares, privilegiando policiais com salários muito superiores ao das professoras e professores. Muito importante que mães e os pais das famílias trabalhadoras sejam esclarecidas sobre os reais objetivos desse projeto, tanto pedagógica quanto politicamente, pois não se separa uma coisa da outra.

Também falam em disciplina militar com policiais totalmente despreparados dentro das escolas. Basta ver o exemplo dos Estados Unidos, que eles amam tanto, que pôs policiais dentro das escolas e a violência simplesmente aumentou.

Qualquer mãe ou pai sabe muito bem o despreparo de policiais na questão pedagógica e ainda mais no como lidar com crianças e adolescentes. O exemplo da ditadura implantada em 1964 é evidente de como o militarismo não se concatena com democracia e com uma educação voltada para o pleno desenvolvimento de crianças e jovens.

Agora, imagine a situação das crianças e dos adolescentes pobres nas escolas, com a presença de policiais, sabendo a polícia do estado de São Paulo, sob Tarcísio, é um das que mais mata jovens pretos e pobres nas periferias como atestam pesquisas recentes.

Na realidade, Tarcísio e o seu secretário da (des)Educação, o empresário Renato Feder, querem acabar com a educação pública, mantendo somente as escolas cívicos-militares com uma educação elitista e autoritária para manter as filhas e os filhos da classe trabalhadora vulneráveis, como mão de obra barata, quase de graça, sem consciência de seus direitos. Isso é tão real que a extrema direita votas retrocesso atrás de retrocesso sobre os direitos das crianças e adolescentes, como a PEC para liberar o trabalho infantil.

As professoras e os professores do Paraná já realizam uma grande greve contra a destruição da educação pública, destruição iniciada por Feder, que agora ataca a educação pública paulista. Muito importante a unidade de todos os setores populares para dar um basta nesses retrocessos, mostrando a necessidade de valorização da educação pública para o país crescer ainda mais do que está crescendo com o governo Lula e com um tenaz combate às desigualdades por um futuro mais igualitário e humano.

Professora Francisca é diretora da Secretaria de Assuntos Educacionais e Culturais da Apeoesp – Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo, da Saúde da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Educação (CNTE), secretária de Finanças da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e diretora da CTB-SP.

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