Quando o povo brasileiro descobrir como e quanto é roubado pelos bancos, não apenas no cheque especial e cartão de crédito, tomará as ruas, quebrará as agências e fará uma revolução.
Isso aconteceu na Suécia, que era um país pobre, atrasado, nas mãos dos banqueiros, e hoje é uma das mais modernas civilizações do planeta, com alto padrão de vida, educação e saúde.
Em nenhum país do mundo os bancos têm as regalias que encontram aqui, onde concentram praticamente toda a riqueza e impõem um atraso industrial vergonho.
Hoje em dia, é difícil ouvir alguém falar em capital produtivo, aquele que gera empregos e desenvolvimento com base na indústria e comércio. Só se ouve falar em capital financeiro, especulativo.
Os bancos, que são tratados pela imprensa como ‘mercado’, mandam e desmandam no Brasil. Aliás, com a graça e proteção da mídia, que mama fartamente nos recursos surrupiados do povo.
Outro aliado dos banqueiros é o Banco Central, que lhes remunera a chamada ‘sobra de caixa’ com os juros abusivos que ele mesmo determina, por meio do comitê de política monetária (Copom).
‘Sobra de caixa’ e o montante que os bancos não conseguem emprestar às indústrias e a outros setores justamente por causa dos altos juros. A ‘sobra’, de R$ 1 trilhão, é remunerada pelo Banco Central.
Sabe quanto os bancos ganharam do estado brasileiro com essa ‘sobra’, em dez anos? Algo em torno de R$ 1 trilhão.
É isso mesmo. Sobra R$ 1 trilhão e ganham R$ 1 trilhão. Esse valor cabalístico é exatamente o R$ 1 trilhão que Bolsonaro e Paulo Guedes querem ‘economizar’ com a reforma da previdência em dez anos.
‘Economizar’, no caso, é tirar das aposentadorias, pensões e de outros benefícios previdenciários, ou seja, dos pobres, para dar aos ricos. É aprofundar a desigualdade num país de miseráveis.
É tirar da população para manter a vida nababesca da elite econômica, com suas mansões, carros de luxo, iates, helicópteros, aviões, comidas requintadas, luxo e luxúria.
A capitalização das contribuições previdenciárias prevista pela reforma é um crime. Deixar o dinheiro das aposentadorias com os bancos, com altas taxas administrativas e baixa rentabilidade, é um acinte.
José Alberto Torres Simões ‘Betinho’ é vice-presidente do sindicato dos trabalhadores em transportes rodoviários de Santos e região