PUBLICADO EM 12 de jun de 2024
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Colunista: Murilo Celso de Campos Pinheiro

Ação sindical em defesa dos engenheiros

Campanhas salariais 2024, que abrangem mais de 100 mil profissionais, seguem a todo vapor. Mobilização e participação efetiva da categoria é essencial para reforçar atuação dos dirigentes e da assessoria do SEESP na busca de bons resultados.

Por Murilo Pinheiro

As negociações visando acordos e convenções coletivas que beneficiem os engenheiros acontecem praticamente ao longo de todo o ano, tendo em vista que há datas-bases definidas entre março e novembro, a depender da empresa ou segmento de atuação. Assim, são mais de 30 campanhas salariais comandadas pelo SEESP, abrangendo mais 100 mil profissionais.

Cada um desses processos envolve assembleias para definição e aprovação da pauta de reivindicações, a apresentação desta às empresas ou sindicatos patronais, o que demanda em geral várias rodadas de negociação até se chegar a um consenso, e finalmente deliberação pela base quanto à proposta feita.

Como regra, o pleito da categoria inclui reposição de perdas inflacionárias, aumento real, participação nos lucros e resultados, respeito ao salário mínimo profissional, garantia de direitos, benefícios e condições adequadas de trabalho, incluindo plano de carreira.

Quando, lamentavelmente, não se chega a um acordo satisfatório sobre esses temas à mesa de negociação, o que é sempre a disposição do SEESP, é necessário recorrer à Justiça do Trabalho por meio do dissídio coletivo, assegurando assim o interesse dos engenheiros pela via judicial.

Obviamente, todo esse trabalho exige estrutura e recursos, daí a fundamental contribuição dos profissionais, que precisa também ser aprovada em cada uma das assembleias. Mas, acima de tudo, é crucial a sua participação efetiva ao longo da campanha, assegurando a mobilização que sensibilizará as empresas para as demandas levadas pelos representantes do sindicato.

Considerando que ainda há muito trabalho a ser feito nessa seara em 2024, é fundamental que os profissionais fiquem atentos aos informes da entidade e dos dirigentes, compareçam às assembleias (muitas das quais são virtuais para facilitar a presença) e deem a sua contribuição ao debate.

A valorização da categoria, além de justa, tendo em vista sua importância para as empresas, é fundamental também para a sociedade como um todo, pois esses são profissionais diretamente ligados à promoção do desenvolvimento e do bem-estar coletivo. Devemos, portanto, buscar essa meta na negociação. Alcançá-la exige disposição de luta e união.

Sigamos juntos rumo a negociações vitoriosas em 2024.

Murilo Pinheiro – presidente do Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo (Seesp) e da Federação Nacional da categoria (FNE)

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