Os Sindicatos de trabalhadores nasceram para se contrapor ao poder absoluto dos empregadores na relação conflituosa entre capital e trabalho.
Se hoje em dia ainda é bastante complicada a situação de muitos trabalhadores e trabalhadoras, com baixos salários, ambientes de trabalho inseguros, muitas vezes jornadas de trabalho exaustivas e as frequentes tentativas – em alguns casos já consolidadas – da supressão de direitos conquistados ao longo de muitos anos, não é nada difícil imaginarmos como era, então, a situação da classe trabalhadora, por exemplo, no final do século XIX e início dos anos 1900.
O maior exemplo desta perda de direitos a que nos referimos acima veio sob a forma de uma dissimulada reforma trabalhista – aprovada de forma arbitrária na calada da noite, sem qualquer debate com a sociedade –, que nada mais é do que um mecanismo perverso construído para mascarar gastos desnecessários da parte do governo e enfraquecer o poder de luta do movimento sindical e dos trabalhadores por ele representados.
Nas discussões anteriormente travadas entre representantes dos trabalhadores, de governos e do empresariado ficou clara a urgente necessidade de se avançar em normas que aumentem a representatividade sindical e a participação dos trabalhadores nas questões relacionadas à correlação capital e trabalho.
Em suma, são os Sindicatos que formulam as reivindicações, organizam e mobilizam o conjunto dos trabalhadores no âmbito de uma democracia efetivamente democrática. Mas um Sindicato só será forte e participativo se contar com o apoio irrestrito dos trabalhadores. Se a situação dos trabalhadores está na situação em que hoje está, vamos tentar projetar como eles estariam sem a representação sindical: certamente estariam totalmente sem representação e desmobilizados.
Daí a importância da organização sindical dos trabalhadores. Trabalhadores sindicalizados têm força para, ao lado de seu sindicato, enfrentar os desmandos que, sem esta representação, estariam indefesos e totalmente à mercê dos maus patrões.
Tornar-se sócio de seu Sindicato representativo é fortalecer a luta não apenas dentro da empresa em que você trabalha ou no contorno daquela categoria ou setor a que você pertence. Tornar-se sócio do Sindicato é fortalecer as lutas de todos os trabalhadores do País, de todos os ramos de atividade. É lutar por um Brasil mais igualitário, humano e justo socialmente!
Miguel Torres é Presidente interino da Força Sindical
Agamenon Martins
Sim. Mas é necessário que daqui para frente, sobretudo após a direita no poder, termos sindicalistas melhor qualificados.
Faz necessário amplo discernimento, com propostas inovadoras e palpáveis. Necessário extrema cautela nas pautas de reivindicações, separando o econômico do social. Ou seja, adotar padrões de excelência na negociação com dicotomia nos grupos de negociadores. Fundamental assistência de pessoal com formação em assistência social, jurídico trabalhista e também tributário ( sabem porque ? ).
Bom. Tenho várias ideias e ponderações.
Agamenon Martins
Adv Trabalhista e Previdenciário