
A luta contra a desigualdade racial é vital. Conheça o impacto da escala 6×1 nos direitos dos trabalhadores negros. Foto: Agência Brasil
O décimo quarto artigo do dossiê “Fim da Escala 6×1 e Redução da Jornada de Trabalho”, organizado pelo Organizado pelo Cesit (Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho) em parceria com as centrais sindicais, aborda a questão “Por que lutar contra a escala 6×1 é lutar contra a desigualdade racial?“. O artigo é assinado por Taís Dias de Moraes.
Segundo a autora, trabalhadores negros — especialmente mulheres negras — são os mais afetados por jornadas longas, instabilidade e condições precárias de emprego.
O estudo demonstra que a despadronização do tempo de trabalho e a predominância da escala 6×1 atingem de forma desproporcional a população negra, presente majoritariamente nos postos mais exaustivos e com menores salários. A pesquisa evidencia efeitos profundos sobre a saúde física e mental desses trabalhadores. Eles enfrentam maior sobrecarga de trabalho, menos acesso a lazer, menor possibilidade de estudo e maior incidência de “pobreza de tempo”.
A autora argumenta que eliminar a escala 6×1 e reduzir a jornada não é apenas uma pauta trabalhista, mas também uma agenda de justiça racial. Estimativas mostram que mais de 5 milhões de trabalhadores negros seriam diretamente beneficiados por jornadas mais humanas. A medida também ampliaria a formalização, reduziria a precarização e impulsionaria o dinamismo econômico do país.

























