PUBLICADO EM 29 de fev de 2024
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1º de Maio; por João Guilherme

Para João Guilherme, as direções sindicais devem ajudar o governo a atender os interesses dos trabalhadores, deslindando o enrosco das desonerações.

As comemorações do 1º de Maio – Dia do Trabalhador ou Dia do Trabalho – são as únicas com abrangência mundial (com exceção dos Estados Unidos) como nos tem lembrado José Luiz del Roio (saúde! saúde!).

Aqui no Brasil há uma tradição mais que secular e nos últimos anos o 1º de Maio tem sido comemorado com a organização de manifestações do movimento sindical, unitárias ou não, reivindicatórias ou festivas, todas tendo como eixo a pauta dos trabalhadores e das trabalhadoras.

Basta que lembremos as multidões que compareceram ao Campo de Bagatelle nos eventos promovidos pela Força Sindical em anos sucessivos.

Neste ano de 2024 em que o 1º de Maio cairá numa quarta-feira, o movimento sindical, suas direções e seus ativistas devem começar desde agora a se preocupar com a organização dessas comemorações que exigem discussões prévias para garantir a unidade e elaborar uma pauta, com planejamento efetivo levando-se em conta as dificuldades financeiras por que passa o movimento sindical.

Sugiro que, ao invés de organizar um ato único que tradicionalmente ocorre em São Paulo, sejam organizados também vários atos regionais e estaduais com o mesmo empenho unitário e estruturados a partir de uma única pauta. Sem subestimar a grandiosidade do ato paulista (que merece ser alcançada) a descentralização seria um esforço orgânico para aquilo que tenho chamado de “subida às bases” e enraizamento das comemorações na vivência local do movimento.

A conjuntura econômica, social e política favorável garante essa possibilidade e pode ser melhor aproveitada com este modelo descentralizado, unitário e mais próximo do dia a dia dos trabalhadores e das trabalhadoras.

João Guilherme Vargas Netto, Consultor Sindical de Entidades de Trabalhadores e membro do Diap

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