PUBLICADO EM 28 de abr de 2020
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CNTE defende adiamento do ENEM e repudia fala de Weintraub sobre a pandemia

Em decorrência dos transtornos causados pela pandemia do novo coronavírus, com escolas fechadas e alunos sem aulas presenciais, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) defende o adiamento da edição 2020 do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM).

Foto: CNTE

Na avaliação do presidente da CNTE, Heleno Araújo, os alunos precisam ter uma preparação adequada para prestar esse exame, mas nem todos terão acesso as aulas no isolamento social: “A maior parte dos alunos da escola pública não possui acesso à internet para continuar estudando a distância. Isso pode aprofundar desigualdades entre os que têm melhores condições e os que não têm”, pondera.

Além disso, a CNTE repudia a declaração do ministro da educação, Abraham Weintraub, que nesta terça-feira, 21, deu entrevista a uma rádio minimizando as mortes, dizendo que “menos de 40 mil iriam morrer de coronavírus”. Para Heleno Araújo, é mais uma declaração genocida, de um governo que não se importa com a vida das pessoas.

Repercussão

A deputada estadual de Pernambuco, Teresa Leitão, também criticou duramente o Ministério da Educação (MEC) e a atitude do ministro, alertando que “o Enem não se realiza num estalar de dedos e exige grande planejamento”.

“Weintraub, você deveria fazer como o ditado popular diz: chamar o seu presidente e pegar o beco”, declarou em vídeo o presidente da CUT Pernambuco, Paulo Rocha. O sindicalista destacou que o ministro deveria “assumir que no ano passado o MEC tirou mais de 5 bilhões da educação, inclusive dinheiro que iria para pesquisa”, ressaltou.

Assista ao vídeo publicado no Facebook:

Fonte: CNTE

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