PUBLICADO EM 16 de set de 2019
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Central sindical dos EUA convoca 1ª greve geral contra GM desde 2007

A central sindical United Auto Workers (UAW) anunciou neste domingo (15) que cerca de 48 metalúrgicos da General Motors vão entrar em greve a partir de segunda-feira (16), depois que as negociações sobre contrato de trabalho nos Estados Unidos chegaram a um impasse.

A central sindical United Auto Workers (UAW) anunciou neste domingo (15) que cerca de 48 metalúrgicos da General Motors vão entrar em greve a partir de segunda-feira (16), depois que as negociações sobre contrato de trabalho nos Estados Unidos chegaram a um impasse.

A convocação de greve marca a primeira paralisação nacional na GM nos EUA em 12 anos.

“Não vamos tolerar isso”, disse Terry Dittes, vice-presidente da UAW encarregado pelo relacionamento da entidade com a GM, a jornalistas em Detroit. “Este é nosso último recurso.”

A GM afirmou em comunicado que sua oferta aos trabalhadores da UAW incluíram mais de US$ 7 bilhões em investimentos, 5.400 empregos, a maioria novos, aumentos de salário, benefícios melhores e ratificação de bônus contratual de US$ 8.000. “Negociamos de boa-fé e com senso de urgência”, afirmou a montadora.

A greve vai paralisar rapidamente as operações da GM na América do Norte e pode atingir a economia dos EUA. Uma paralisação prolongada também vai gerar dificuldade para os trabalhadores por causa da redução de salário durante a greve.

Os trabalhadores da GM fizeram uma greve em 2007 que durou 2 dias durante negociações contratuais. A paralisação mais significativa ocorreu em Flint, no Estado do Michigan, em 1998, que durou 54 dias e custou à montadora mais de US$ 2 bilhões.

A UAW tem confrontado a GM para interromper o fechamento de fábricas de veículos em Ohio e Michigan e afirma que os metalúrgicos merecem salários maiores depois de anos de lucro recorde da montadora na América do Norte.

A GM afirma que os fechamentos de fábrica são necessários e que os salários e benefícios aos trabalhadores da UAW são caros se comparados com fábricas não sindicalizadas no sul dos EUA.

A greve vai testar tanto a UAW quanto a presidente-executiva da GM, Mary Barra, em um momento em que a indústria de veículos dos EUA está enfrentando desaceleração de vendas e aumento de custos com o desenvolvimento de veículos elétricos.

Kristin Dziczek, vice-presidente de indústria, trabalho e economia do Centro de Pesquisa Automotiva (CAR), afirmou que greve nas fábricas da GM nos EUA vai também causar fechamentos de unidades no Canadá e no México por causa do alto nível de integração da produção. “Isso terá um efeito grande sobre a economia”, disse ela.

A GM tem 12 fábricas de veículos, 12 fábricas de motores e transmissões e uma série de outras instalações como estamparia nos EUA.

A UAW definiu a GM como primeira montadora com quem quer concluir negociações trabalhistas.

Apoio à greve

O presidente da Força Sindical, do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTN), Miguel Torres expressou, através de nota, apoio e solidariedade aos trabalhadores e trabalhadoras da GM nos EUA. “Desejamos sucesso ao UAW, Sindicato dos Metalúrgicos Norte-americanos, responsável pela organização do justo movimento grevista, pois os trabalhadores e trabalhadoras da GM sempre contribuíram ao longo dos anos com o crescimento e os lucros da empresa e merecem agora reconhecimento, justiça, conquistas salariais e melhorias nas condições de trabalho”, diz a nota.

Com Portal Uol

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