Em meio a enorme negligência e irresponsabilidade de Jair Bolsonaro, que fica em permanente campanha eleitoral enquanto vidas são tragicamente perdidas, é necessário propor ações efetivas. A retórica do Governo Federal, de que devemos sacrificar vidas pelo bem da economia, se revela cada vez mais falsa. Nós já ultrapassamos o triste número de 90 mil brasileiros mortos pela covid-19, porém os postos de trabalho e emprego também seguem sendo destruídos. Por isso, é necessário a cobrança por medidas efetivas.
Dessa forma, na última quarta-feira (29) as centrais sindicais – CSB, CTB, Nova Central, UGT, Força Sindical e CUT – se reuniram com o assessor especial do Ministério da Economia, Guilherme Afif Domingos, e o Secretário do Trabalho, Bruno Dalcomo. O encontro visava cobrar, do Governo, mais diálogo com os trabalhadores. Houve também a proposição de medidas efetivas para proteger o povo brasileiro do desemprego e da pobreza em meio a brutal crise econômica que se intensifica durante a pandemia.
A Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) foi representada pelo secretário geral Álvaro Egea. Ele comentou sobre a postura dos representantes do Governo durante o encontro e as exigências feitas pela centrais. “O governo ficou de chamar os trabalhadores para o diálogo. Além disso, cobramos um debate franco sobre a reforma sindical e sobre a reforma tributária. Principalmente, porém, lembramos da necessidade de medidas econômicas que garantam emprego e renda na retomada da economia no pós-pandemia”.
Desde o início da atual crise sanitária as centrais sindicais já vem propondo soluções para salvar tanto as vidas quanto a economia brasileira. Ainda no dia 16 de março, por exemplo, as entidades aprovaram uma série de medidas emergenciais para serem implementadas durante a pandemia. Dentre elas estão: conversão industrial, créditos para as micro e pequenas empresas e a liberação de recursos para estados e municípios injetarem na saúde e enfrentarem a pandemia, etc. Porém a falta de diálogo do Governo Federal com outros setores, tanto da política quanto da sociedade civil, tem atrasado qualquer tipo de avanço. “No começo de julho as centrais sindicais realizaram uma manifestação em frente ao Ministério da Economia. Naquele momento entregamos propostas para enfrentar a crise econômica provocada pela pandemia, mas o diálogo não tem evoluído”, afirmou Álvaro.
Por fim, Álvaro, assim como as centrais, defendeu pagamento do auxílio emergencial. “Nós defendemos mais 2 parcelas de seguro desemprego para os trabalhadores que perderam o emprego em 2020, assim com a prorrogação do auxílio emergencial de R$ 600,00 até dezembro”, finalizou.