Às vésperas de uma nova manifestação #ForaBolsonaro, que desta vez deve ser ainda mais ampla, as centrais CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST, CSB, CSP-Conlutas, Intersindical Central da Classe Trabalhadora, Intersindical Instrumento de Luta e Pública reafirmaram em nota que o ato deverá acolher todos os brasileiros que se opõe ao atual governo.
“Para derrubar Bolsonaro, é preciso ir além do nosso campo, pois precisamos de 342 votos na Câmara dos Deputados para aprovar o impeachment. Não é questão de ideologia, mas sim de matemática. Neste momento, um dos mais graves da nossa história, é necessário focar no que nos une, e não no que nos separa. Para podermos continuar a ter o direito de discordar, de disputar eleições livres e de manter a nossa democracia, Bolsonaro tem que sair já”, diz a nota.
A previsão é que no dia 2 ocorram atos em todo o Brasil e também no exterior, com representantes e lideranças de movimentos sociais e sindical e presidentes de partidos políticos de diferentes correntes.
Em São Paulo, onde tradicionalmente as manifestações são mais expressivas, o ato vai começar às 13 horas e a concentração será no vão do MASP. Confira aqui a programação já confirmada dos atos Fora Bolsonaro deste sábado no Brasil e no exterior
Leia a nota na íntegra:
Centrais apoiam ampliação dos atos para outros campos do espectro político
Para aprovar o impeachment de Bolsonaro, é preciso unidade entre diferentes neste momento grave
As Centrais Sindicais têm participado de todas as manifestações contra Bolsonaro neste ano, a maioria de forma unitária. Neste 2 de outubro, mais uma vez CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST, CSB, CSP-Conlutas, Intersindical Central da Classe Trabalhadora, Intersindical Instrumento de Luta e Pública estarão juntas na luta pelo impeachment do pior presidente do Brasil de todos os tempos.
Além de milhares de trabalhadores, estudantes e ativistas de movimentos sociais, desta vez também estarão lado a lado nas ruas lideranças e militantes de partidos de todos os campos do espectro político – todos unidos pelo Fora Bolsonaro.
As Centrais Sindicais apoiam a ampliação da diversidade de atores nas ruas pois entendem que nada é mais urgente do que impedir que Bolsonaro continue o seu desgoverno criminoso. Um governo responsável por grande parte das quase 600 mil mortes por Covid, pelo desemprego recorde, pela devastação ambiental, pela volta da inflação e da carestia. E que ameaça diariamente a nossa democracia e as nossas instituições, apesar de falsos recuos momentâneos e estratégicos que não enganam mais ninguém.
Para derrubar Bolsonaro, é preciso ir além do nosso campo, pois precisamos de 342 votos na Câmara dos Deputados para aprovar o impeachment. Não é questão de ideologia, mas sim de matemática. Neste momento, um dos mais graves da nossa história, é necessário focar no que nos une, e não no que nos separa. Para podermos continuar a ter o direito de discordar, de disputar eleições livres e de manter a nossa democracia, Bolsonaro tem que sair já.
O Brasil não aguenta mais 15 meses de incompetência, negacionismo e insanidade. Não podemos esperar até o próximo ataque à nossa democracia, que pode ser fatal. Por isso, neste sábado estaremos todos juntos, exigindo que o presidente da Câmara, Arthur Lira, paute um dos mais de 130 pedidos de impeachment que se acumulam vergonhosamente em suas gavetas. Se não ouvir a voz das ruas, Lira estará sendo cúmplice dos inúmeros crimes de responsabilidade de Bolsonaro contra o povo brasileiro.
Brasil, 30 de setembro de 2021
Sérgio Nobre, presidente da CUT – Central Única dos Trabalhadores
Miguel Torres, presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, presidente da UGT – União Geral dos Trabalhadores
Antonio Neto, presidente da CSB – Central dos Sindicatos Brasileiros
Adilson Araújo, presidente da CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
José Reginaldo Inácio, presidente da NCST – Nova Central Sindical de Trabalhadores
Atenágoras Lopes, secretário executivo nacional da CSP-Conlutas
Edson Carneiro Índio, secretário-geral da Intersindical Central da Classe Trabalhadora
Emanuel Melato, coordenador da Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora
José Gozze, presidente da Pública Central do Servidor