PUBLICADO EM 12 de nov de 2018
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Centrais sindicais debatem reforma da Previdência

As centrais sindicais se reuniram nesta manhã (12) em um ato de defesa da Previdência Social. No encontro, houve exposição de sindicalistas chilenos sobre o modelo de capitalização do país, que é visto como modelo pela equipe econômica do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL).

Miguel Torres: “Queremos uma previdência social justa, universal e sem privilégios” Foto: Jaélcio Santana

No próximo dia 22, os sindicalistas farão atos de panfletagem em defesa do modelo atual de Previdência em todos os estados. No dia 26, haverá protesto pela Previdência e contra o fim do Ministério do Trabalho nas superintendências estaduais e em frente ao prédio da pasta, em Brasília. O presidente eleito confirmou na semana passada a extinção do Ministério.

No modelo de capitalização, a aposentadoria é resultado da poupança do trabalhador. A proposta ainda não teve detalhes divulgados e deve ser apresentada no próximo ano. No entanto, Bolsonaro pretende aprovar “alguma coisa” ainda este ano. O presidente eleito citou o aumento da idade mínima dos servidores como um ponto.

Foto: Jaélcio Santana

Segundo João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força Sindical, as centrais irmão discutir permanentemente os movimentos feitos pelo novo governo sobre alterações na Previdência Social e perda de direitos.

Gonçalves diz que as centrais farão plenárias permanentes para discutir as novas propostas. Sobre a reforma proposta por Temer, que visa fixar a idade mínima em 62 anos para as mulheres e 65 anos para os homens, os sindicalistas enxergam que não há possibilidade do texto passar no Congresso ainda este ano.

Segundo Sérgio Nobre, secretário-geral da CUT (Central Única dos Trabalhadores) o modelo de capitalização adotado no Chile é “trágico” e pode ter efeitos semelhantes no Brasil.

“Eles tinham um modelo de Previdência muito parecido com o nosso, que trabalhadores mais novos contribuírem com o benefício dos mais velhos. Com a capitalização, o que se tem são idosos vivendo de favor. Nós somos contra qualquer mudança que tire direitos.”

Além da CUT e da Força, participaram do evento a CSB, CSP-Conlutas, CTB,, Intersindical, NCST, UGT e CGTB. ​

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