Líderes das Centrais Sindicais debateram na tarde de terça, 11 de maio, a proposta de reajuste do novo piso mínimo regional com o secretário da Casa Civil do Governo de São Paulo, Cauê Macris.
A proposta é estabelecer parâmetros e recompor a defasagem acumulada nos últimos meses, incluindo no cálculo a variação do valor da cesta básica na capital.
Segundo o levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), as duas faixas para o Piso Regional, a primeira no valor de R$ 1.163,55 e a segunda de R$ 1.183,33, acumulam perda inflacionária de 8,35% por conta do congelamento desde abril de 2019.
A reunião ocorreu no Palácio dos Bandeirantes e foi promovida pelo deputado estadual Mauro Bragato, que destacou a importância de um piso mínimo para retomada da economia.
Para o presidente da Força São Paulo, Danilo Pereira da Silva, o reajuste do piso vai proteger os trabalhadores mais vulneráveis e devolver o poder de compra do trabalhador.
”Estabelecer um piso mínimo é importante para proteger as categorias mais vulneráveis, pois serve como balizador da remuneração. O custo de vida em São Paulo é um dos mais caros do país e o aumento na renda vai impactar diretamente no consumo local”, reforçou Danilo.
Proposta é vista com bons olhos pelo Governo de São Paulo
Segundo o secretário da Casa Civil do Governo de São Paulo, Cauê Macris, a proposta é vista com bons olhos, mas precisa de debate.
”Trazer de volta a pauta o piso mínimo regional é bem oportuno, mas precisamos promover um debate mais aprofundado sobre o assunto, uma vez que estamos presos em pautas urgentes como a vacinação e a fome por causa da crise sanitária causada pelo novo coronavírus. Por enquanto, não podemos sinalizar nada”, afirmou Cauê.
Para dar prosseguimento ao pleito, um documento com as reivindicações das Centrais sobre o piso mínimo será entregue ao secretário nos próximos dias.