“A reunião teve como objetivo afinar nossas agendas para orientar nossas bases para a ameaça de votação da proposta que reforma a Previdência Social e acaba com a nosso direito à aposentadoria”, externou o presidente nacional da CTB, Adilson Araújo, ao final da reunião do Fórum das Centrais Sindicais, ocorrida nesta segunda-feira (15), na sede da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil).
Além da luta em defesa do direito à aposentadoria digna, o Fórum também debateu a resistência contra a onda conservadora que ataca severamente a democracia. “Os sindicalistas se somam aos movimentos sociais nesta luta. A defesa da democracia e das instituições são fundamentais para a edificação de uma sociedade avançada e inclusiva”, avaliou Fórum ao falar da importância da campanha que defende o direito do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de ser candidato em 2018.
De forma unificada, as centrais (CTB, CSB, CUT, Força Sindical e Nova Central) indicaram a elaboração de uma campanha para agitar as bases e denuncia o caráter mentiroso da campanha do governo. “E vergonhosa a forma como o governo tenta manipular a população em torno da viabilidade desta reforma”, afirmam as centrais. Ricardo Patah, da UGT, justificou sua ausência.
Pela CTB, além do presidente Adilson Araújo, participaram da reunião o vice-presidente, Divanilton Pereira; o secretário-geral, Wagner Gomes; o secretário de Relações Internacionais, Nivaldo Santana; o secretário de Formação, Ronaldo Leite; a secretária da Juventude Trabalhadora, Luíza Bezerra.
Resistir a todo custo
“Renovamos nossa orientação para as nossas bases. Resistir a todo custo deve ser o tom das lutas em 2018. Toda a nossa base deve organizar e mobilizar os sindicatos contra a Reforma da Previdência. Conclamamos todos setores organizados da sociedade para marchar junto com o movimento sindical contra mais esse golpe que pode acabar com nosso direito à aposentadoria. Resistir e intensificar a pressão nas ruas, nas redes e no Congresso Nacional neste início de 2018 é fundamental”, ressaltou Adilson.
Na mesma linha, o secretário-geral da CTB, Wagner Gomes, destacou a centralidade da unidade na etapa atual da luta. “Não podemos nos deixar levar pelo discurso da do governo propalado pela mídia. A unidade das centrais será fundamental para enterrarmos mais uma vez essa reforma”.
O secretário-geral da Força Sindical, Carlos Gonçalves, o Juruna, alertou que “a proposta enviada ao Congresso Nacional não tem o objetivo de combater privilégios, como sugere a propaganda oficial. Vai retirar direitos, dificultar o acesso e achatar o valor das aposentadorias e pensões dos trabalhadores e trabalhadoras de todo o Brasil”.
“Essa reforma abre caminho para a privatização do sistema previdenciário, o que contempla interesses alheios aos do nosso povo e atende sobretudo aos interesses dos sistema financeiro”, complementou o secretário-geral da CSB, Alvaro Egea.
Orientação para as bases
O Fórum das Centrais indicou ampla agenda já nos primeiros dias de fevereiro.
No dia 01 de fevereiro as Centrais se somarão grande ato público nacional contra a reforma da Previdência (PEC 287/16) e pela valorização e independência da Magistratura e do Ministério Público, que foi convocado pela Anamatra e das demais entidades que compõem a Frente Associativa da Magistratura e do Ministério Público (Frentas). O ato em Brasília está marcado para às 14h.
Com o objetivo de reforçar a pressão junto aos parlamentares, as Centrais indicaram agenda de ação a partir dodia 02 de fevereiro, data em que serão retomados os trabalhos do Congresso Nacional. As centrais vão se reunir com os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Também está previsto nos primeiros dias de fevereiro reunião os líderes das duas Casas legislativas.
Reafirmando o estado de mobilização permanente, as centrais indicaram que irão construir em suas bases agendas para movimentar o país e preparar a classe trabalhadora para uma eventual votação dia 19 de fevereiro.
“Como em dezembro, seguiremos firmes com a nossa mobilização contra essa reforma. Não é apenas a defesa de um direito, trata-se também da defesa de sobrevivência de mais de 90 milhões brasileiros. A classe trabalhadora já mandou o seu recado – Se colocar para votar, o Brasil vai parar! – e como em abril de 2017 vamos trabalhar para construir a greve contra mais esse golpe”, avisou o presidente da CTB.
Fonte: Portal CTB