PUBLICADO EM 03 de fev de 2022
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Centrais fazem duras críticas a aumento da Selic; ‘Insanidade Econômica’, diz Força

Antônio Neto, presidente da CSB considera o aumento dos juros determinado pelo Copom mais um passo do governo Bolsonaro rumo ao abismo. Miguel Torres, presidente da Força Sindical, alerta que decisão está em descompasso com a perspectiva de crescimento expressivo da economia brasileira

Foto: Divulgação

A Força Sindical, presidida por Miguel Torres, divulgou nota considerando que a política adotada pelo Copom (Comitê de Política Monetária) que decidiu, mais uma vez aumentar a Taxa Selic, é uma “Insanidade Política”. A decisão, de acordo com a nota, “está em descompasso com a perspectiva de crescimento expressivo da economia brasileira”.

“Infelizmente o Copom insiste em impor um forte obstáculo ao desenvolvimento do País”, lamenta Miguel Torres, presidente da Força Sindical

É o oitavo aumento consecutivo na taxa. Com isso, a Selic voltou ao patamar de dois dígitos pela primeira vez em quatro anos e meio – a última vez em que ela esteve neste patamar foi em julho de 2017, quando era de 10,25% ao ano. Miguel afirma no texto que “é uma perversidade com os trabalhadores” aumentar a taxa Selic de 9,25% para 10,75% ao ano.

O sindicalista alerta que esta decisão está em descompasso com a perspectiva de crescimento expressivo da economia brasileira. “A aplicação desta política restritiva, por parte das autoridades monetárias, prejudica muito os menos favorecidos economicamente, contribuindo para o aumento da miséria no País”, avalia Torres.

O dirigente sindical acredita que o País precisa manter o compromisso com o desenvolvimento, emprego e geração de renda, qualificação profissional e com taxas juros menores. “Infelizmente o Copom insiste em impor um forte obstáculo ao desenvolvimento do País”, lamenta.

CSB e UGT também criticam decisão do Copom

Acompanhando a Força Sindical, a CSB – Central dos Sindicatos Brasileiros e a UGT – União Geral dos Trabalhadores também repudiaram a decisão de aumentar a Taxa Selic. Ricardo Patah, presidente da UGT, disse à reportagem do site Rádio Peão Brasil (RPB) que esse governo, em estado terminal, tem uma grande loucura por construir projetos contra os trabalhadores.

“Bolsonaro está cavando sua própria sepultura, que virá com a eleição de 2022”, diz Patah que lamenta profundamente a decisão do Copom, pois segundo ele, aumentar os juros beneficia rentistas e banqueiros e prejudica demais os trabalhadores, que a cada dia encontram mais dificuldades para sobreviver.

O presidente da CSB, Antônio Neto, fez duras críticas à decisão do Copom. De acordo com o sindicalista, o aumento dos juros determinado pelo Copom é mais um passo desse governo rumo ao abismo.

Neto falou à reportagem do RPB que o país não tem inflação de demanda, o setor produtivo está enforcado pela falta de consumo e política cambial. “E ainda temos que lidar com a aceleração da taxa de juros destrutiva já praticada pelo mercado. Não há caminho para o País se não alterarmos a política econômica praticada há trinta anos no Brasil”, lamenta o sindicalista.

 

NOTA – Força Sindical 

Insanidade Econômica

A decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) de aumentar a taxa Selic de 9,25% para 10,75% ao ano, é uma perversidade com os trabalhadores. O termômetro dos tecnocratas tem se mostrado extremamente frio com o setor produtivo, que gera emprego e renda, mas com uma temperatura agradável para os especuladores.

Esta decisão está em descompasso com a perspectiva de crescimento expressivo da economia brasileira. A aplicação desta política restritiva, por parte das autoridades monetárias, prejudica muito os menos favorecidos economicamente, contribuindo para o aumento da miséria no País.

Vale lembrar que a Selic funciona com uma referência para todo o sistema de crédito do País, sendo que os bancos públicos e privados devem acompanhar o movimento da Selic, restringindo o crédito, o consumo interno e a produção.

Acreditamos que o País precisa manter o compromisso com o desenvolvimento, emprego e geração de renda, qualificação profissional e com taxas juros menores.  Mas, infelizmente o Copom insiste em impor um forte obstáculo ao desenvolvimento do País.

Miguel Torres – Presidente da Força Sindical

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