Confira a íntegra da nota das centrais sindicais brasileiras
Todo apoio à greve dos trabalhadores das montadoras nos Estados Unidos
O conjunto das centrais sindicais brasileiras manifesta apoio incondicional aos trabalhadores da General Motors, Ford e Stellantis, nos Estados Unidos, que entraram em greve dia 15 de setembro de 2023.
Pela primeira vez na história do movimento de trabalhadores nos EUA, operários e operárias das três maiores fabricantes de automóveis cruzaram os braços ao mesmo tempo, em uma mobilização unitária.
A luta é uma reação às perdas salariais e aos ataques aos direitos dos trabalhadores das montadoras ocorridos por anos consecutivos.
Fábricas foram fechadas e os trabalhadores sofreram com a implantação de grades salariais rebaixadas e perda de direitos enquanto as três empresas obtinham lucros exorbitantes (obtiveram lucro de R$ 21 bilhões nos primeiros meses de 2023, segundo o UAW, United Auto Workers, sindicato que organiza os trabalhadores automotivos dos EUA e Canadá).
A greve dos trabalhadores das montadoras nos Estados Unidos é justa e deve ser apoiada por todos, a começar pelos trabalhadores de montadoras no Brasil, que enfrentam os mesmos problemas.
A solidariedade internacionalista é fundamental!
Por isso, chamamos todos os sindicatos, movimentos sociais e demais organizações democráticas a, através de ações de solidariedades, apoiar firmemente esta mobilização.
Pelo atendimento das reivindicações levantadas pelo o UAW!
Pela vitória dos trabalhadores nos Estados Unidos!
Viva a solidariedade internacional!
São Paulo, 15 de setembro de 2023
Sérgio Nobre, Presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores)
Miguel Torres, Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, Presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores)
Adilson Araújo, Presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
Moacyr Roberto Tesch Auersvald, Presidente da NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores)
Antonio Neto, Presidente da CSB, (Central dos Sindicatos Brasileiros)
Atnágoras Lopes, Secretário Executivo Nacional da CSP-Conlutas
Nilza Pereira, secretária geral da Intersindical Central da Classe Trabalhadora
José Gozze, Presidente da PÚBLICA, Central do Servidor
Emanuel Melato, Coordenador da Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora
Leia também: Cinco razões para a greve na Indústria Automobilística dos EUA
Eusébio Luís Pinto Neto
A luta e resistência da classe trabalhadora, deve ser, globalizada e unitária, para efetivamente conquistar uma transição justa num cenário inevitavelmente de transformação energética e consequentemente de padrão de consumo. A ganância do capital neste atual estágio será o limite para o estopim.