Na tarde desta terça-feira (17/9), a Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) deu início a 12ª edição do Congresso Nacional dos Engenheiros (Conse), reunindo profissionais, lideranças e autoridades de todo País.
A atividade, que acontece até quinta-feira (19/9), na sede do SEESP, na capital paulista, tem o apoio da Mútua – Caixa de Assistência dos Profissionais do Crea e das empresas BYD, Embraer, EcoRodovias e Qualicorp.
Compuseram a mesa de abertura o presidente da FNE e do SEESP, Murilo Pinheiro; o ministro interino do Trabalho e Emprego, Francisco Macena da Silva; o secretário de Governo e Relações Institucionais do Estado de São Paulo, Gilberto Kassab; o secretário Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras de São Paulo, Marcos Monteiro – que na ocasião representou o Prefeito da Cidade –; e o secretário Municipal da Fazenda de São Paulo, Luis Felipe Vidal Arellano.
Ainda, a coordenadora do Núcleo Jovem Engenheiro da FNE, Marcellie Dessimoni; o presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (Sinaenco), Russell Rudolf Ludwig; o deputado estadual Simão Pedro e o federal Carlos Zarattini; e os vereadores Coronel Salles e Rodrigo Goulart.
“Neste ano celebramos os 60 anos da nossa federação”, lembrou Murilo. “Podemos dizer que estamos vivos, fortes, firmes e prontos para enfrentar todas as questões da sociedade”, atestou o presidente sobre o atual momento da entidade, que completou as seis décadas de fundação em 25 de fevereiro último.
Murilo destacou a contribuição da FNE por meio do projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento” e o trabalho realizado juntamente aos seus 18 sindicatos filiados, espalhados por todas as cinco regiões do País. “A nossa luta valeu a pena, está valendo a pena. Em nome de todos os diretores quero agradecer a todos os presidentes dos sindicatos, só a união faz a força”, disse.
O engenheiro lançou oficialmente o livro que conta a história e marca o importante aniversário da entidade, intitulado “FNE: 60 anos em defesa da engenharia, dos profissionais e do desenvolvimento”.
“As seis décadas de criação da FNE mostram uma trajetória repleta de significativas realizações para categoria e para o Brasil. São marcos importantes na defesa dos direitos dos engenheiros, o apoio a educação e capacitação, promoção de inovação e sustentabilidade”, afirmou o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, em vídeo enviado especialmente ao XII Conse.
“Parabenizo a entidade pelo constante esforço de propor políticas públicas para promover o crescimento econômico do nosso País, como o projeto ‘Cresce Brasil’, que integra o conhecimento dos engenheiros à formulação de estratégias ao desenvolvimento nacional”, frisou Alckmin.
“Eu, como jovem, engenheira e mulher, tenho orgulho de fazer parte desse time: a engenharia”, destacou Dessimoni em sua fala. Já o presidente do Sinaenco elogiou a comunicação da federação com as instituições que permeiam o mundo do profissional engenheiro. “E deixo a porta aberta para aproximar ainda mais esse diálogo”, ressaltou Ludwig.
Contribuição
O auxílio dos engenheiros na elaboração de políticas públicas foi evidenciado na mesa de abertura do XII Conse.
“A forma como vocês estudam as cidades, o urbanismo, a habitação de interesse social, comunicação, sustentabilidade, inteligência artificial nos dá uma segurança gigantesca para que a gente continue, com a opinião dos engenheiros, ser uma modesta caixa de ressonância do que a sociedade precisa”, salientou o vereador Coronel Salles.
Goulart, que foi relator na última revisão da Lei de Zoneamento e do Plano Diretor Estratégico de São Paulo, concordou. “Duas coisas fundamentais para o desenvolvimento da cidade são, primeiramente, saúde financeira, para que o desenvolvimento seja de fato sustentável, e, em segundo, a presença dos engenheiros e engenheiras”, assentiu Arellano.
Presença essa que foi confirmada pelo secretário Monteiro, ao destacar obras que serão concluídas ainda este ano pela Prefeitura na cidade, em diversos setores como drenagem e mobilidade.
“Estamos diante de desafios cruciais onde a engenharia é chamada. Estamos vivendo as catástrofes da crise climática […] precisamos pensar que tipo de desenvolvimento queremos para o nosso País, que seja mais sustentável, mais inclusivo também. Esse é o desafio que deixo para vocês”, propôs Simão Pedro.
No mesmo sentido falou Zarattini: “Não existe desenvolvimento sem engenharia”. Citando as modalidades em que o Brasil tem forte atuação e conhecimento, como Civil, Aeronáutica e Nuclear, apontou a urgência em se discutir investimento “sem as amarras do sistema financeiro”.
Homenagem
Durante a atividade, foram homenageados pela FNE o ministro Francisco Macena da Silva e o secretário e engenheiro Gilberto Kassab, em reconhecimento à contribuição de ambos ao desenvolvimento nacional e à valorização dos profissionais da área tecnológica.
“A circunstância de hoje me leva a falar não somente da engenharia, algo que contribui de maneira fundamental ao desenvolvimento do País, mas é oportunidade para dizer o quanto existe a boa política no Brasil”, expressou Kassab.
“Aqui já frequentamos muitos debates que deram rumos a grandes políticas públicas”, concordou Macena. “O que a gente tem presenciado na disputa eleitoral é muito pouco o debate de políticas”, ele criticou. E concluiu: “O Conse traz de novo a oportunidade de discutir desenvolvimento, soberania nacional, mas principalmente, construir consenso”.
Assista à abertura na íntegra:
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