CAMPANHA SALARIAL
As primeiras rodadas de negociações da Campanha Salarial 2022 com os grupos patronais do G2 (máquinas, aparelhos elétricos, eletrônicos), G3 (autopeças, forjaria e parafusos), Sindratar (refrigeração, aquecimento e tratamento de ar) e Fundição foram realizadas na última semana pela FEM/CUT (Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT) e os dirigentes dos 13 sindicatos filiados. Hoje a reunião é com o Sicetel e amanhã, com Sindicel e Siescomet.
O secretário-geral da FEM/CUT, Ângelo Máximo de Oliveira Pinho, o Max, contou que as negociações estão difíceis. “O discurso patronal é o mesmo, falam absurdos como parcelamento do reajuste salarial, sendo que as nossas contas não são parceladas, e congelamento de piso e teto salarial. Para quebrar esse discurso patronal precisaremos de muita mobilização e união dos trabalhadores junto ao Sindicato e à Federação”, afirmou.
Inflação
Max ressaltou que a inflação no acumulado de 11 meses, de setembro de 2021 a julho de 2022, já está em 9,16%. “Apesar da deflação no último mês e de previsão de agosto também de deflação, mesmo assim no acumulado o índice já é alto. Além disso, essa deflação é claramente uma medida eleitoreira do governo, nada garante que passadas as eleições continue assim”, explicou.
Também já foram realizadas as primeiras rodadas com as bancadas patronais da Estamparia e do G8.3 (artefatos de ferro, metais e ferramentas, materiais e equipamentos ferroviários e rodoviários, artefatos de metais não ferrosos).
Juntos pela reconstrução
O tema da Campanha Salarial deste ano é “Juntos pela Reconstrução dos Direitos, dos Salários, da Democracia e do País”. Os eixos são: reposição da inflação, aumento real, valorização dos pisos, valorização da Convenção Coletiva de Trabalho, manutenção dos direitos e a reindustrialização do país. A pauta foi aprovada em 6 de maio pelos Metalúrgicos do ABC e entregue aos representantes das bancadas patronais em 3 de junho.
Fonte: SMABC