No próximo sábado, 5 de outubro, é o Dia Nacional de Luta Contra a Exposição ao Benzeno. Para conscientizar o trabalhador do posto de combustível sobre o risco de contaminação por benzeno, o SINPOSPETRO-RJ lançou uma campanha educativa nesta segunda-feira (30).
Os diretores e as equipes de base distribuem nos postos da região metropolitana do Rio de Janeiro uma cartilha com orientações sobre a forma segura de abastecer, para reduzir os riscos de acidentes, danos à saúde e contaminação do meio ambiente.
A cartilha também contém informações sobre os sintomas de contaminação pelo benzeno e os cuidados que o trabalhador deve ter desde a chegada do caminhão tanque ao posto até o abastecimento dos veículos.
O material também alerta para o perigo de abastecer o veículo após a trava de segurança do tanque de combustível ser acionada.
O presidente do sindicato, Eusébio Pinto Neto, enfatiza que os trabalhadores devem ser treinados para manusear a bomba de combustível.
O objetivo principal da campanha é consciencializar o trabalhador, o empresário e a sociedade sobre os riscos a que todos estão sujeitos no posto de combustível, quando as normas de segurança não são aplicadas adequadamente.
Em 2014, o SINPOSPETRO-RJ conseguiu aprovar na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro a lei 6.964, que proíbe abastecer o tanque do veículo “até a boca”. Estudos da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que o tanque de combustível completamente cheio libera benzeno.
A primeira campanha de segurança e saúde do SINPOSPETRO-RJ para alertar sobre os riscos de contaminação por benzeno foi realizada em 2015.
Benzeno
O benzeno, presente na gasolina, é um composto comprovadamente cancerígeno para humanos, classificado como Grupo 1 da Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC).
Não há limite seguro para a exposição ocupacional ao benzeno, mesmo quando a avaliação no posto de combustíveis não apresenta concentração acima do nível aceitável pelos pesquisadores.
Para cada mil litros de gasolina comercializados no posto de combustíveis, 1,3 litro evapora durante o abastecimento. Essa perda provoca a contaminação do meio ambiente e aumenta o risco de danos à saúde do trabalhador.
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