PUBLICADO EM 21 de set de 2021
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Campanha: assembleias na Autometal, Metaltork, Fledlaz, Mahle e Toledo

Organizados, trabalhadores em todas as fábricas votaram pela mobilização para garantir a reposição da inflação, sem parcelamento do INPC, mais aumento real.

Foto: Adonis Guerra

Na terceira semana de assembleias nas empresas da base, os representantes do Sindicato conversaram sobre a necessidade de união na Campanha Salarial com os trabalhadores nas empresas, Autometal, Metaltork, em Diadema, Fledlaz, em Ribeirão Pires e Mahle, em São Bernardo. Na manhã de ontem a conversa foi na Toledo, em São Bernardo. As demais ocorreram na semana passada.

Organizados, trabalhadores em todas as fábricas votaram pela mobilização para garantir a reposição da inflação, sem parcelamento do INPC, mais aumento real.

O presidente da FEM/CUT (Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT), Erick Silva, que participou da assembleia na Mahle, destacou a história de luta dos Metalúrgicos do ABC e afirmou acreditar na vitória da categoria.

“Toda a mobilização feita na base dos Metalúrgicos do ABC está dando resultado. Eu vivi a luta feita no ABC que transformou nosso país, respirar no ABC já é formação. O que vocês estão fazendo aqui vai garantir um aumento justo. Está difícil botar comida dentro de casa e essa é nossa luta. A Campanha é para recompor o que perdemos com a inflação, se não tiver um reajuste justo, a mobilização vai aumentar e vamos garantir lutando”.

O dirigente lembrou que a pauta de reivindicações foi entregue para os sindicatos patronais em 29 de junho, e que até agora não há uma proposta decente que resolva a vida da companheirada que está na fábrica trabalhando.

Piso e teto

O coordenador de São Bernardo, Genildo Dias Pereira, o Gaúcho, destacou que os patrões não querem apenas parcelar o INPC, mas querem também parcelar o piso de entrada nas empresas e rebaixar o teto de aplicação.

“Eles ainda vêm com a desculpa esfarrapada dizendo que congelar o piso de entrada não prejudica o pessoal que está na fábrica. Mentira, prejudica sim! A partir do momento em que pode contratar com valor menor, aqueles trabalhadores com mais tempo de empresa serão mandados embora e substituído por novos, contratados com salários mais baixos. Esta é a jogada, é nisso que precisamos estar atentos neste momento”.

“Se continuar o desrespeito, nossa resposta não será mais assembleia e sim paralisação. É por isso que estamos pedindo unidade, ninguém pode soltar a mão do outro. Precisamos nos unir, lutar e vencer”, completou.

Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos do ABC

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