PUBLICADO EM 12 de nov de 2021

Câmara de SP aprova nova reforma da previdência

Ontem, 10 de novembro, cerca de 50 mil servidores públicos municipais estiveram na frente da Câmara Municipal de São Paulo com o objetivo claro, dizer não ao Sampaprev 2.

Este projeto altera dois itens que geraram as manifestações dos trabalhadores e a greve, que são a cobrança de uma contribuição de 14% nos benefícios de aposentados e pensionistas que recebem acima do salário mínimo (R$ 1.100 atualmente) e abaixo do teto do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) que atualmente é de R$ 6.433,57 e o aumento na idade para aposentadoria. Homens foram de 60 para 65 anos e mulheres, de 55 para 62 anos.

O Projeto de Emenda à Lei Orgânica (PLO) nº 07/2021 foi encaminhado pelo prefeito Ricardo Nunes e ontem foi aprovada em segunda votação, que é a definitiva na Sessão Plenária que terminou durante a madrugada de hoje (11), por 37 votos favoráveis e 18 contrários.

O início da manifestação foi tranquilo, mas em determinado momento a Guarda Civil Metropolitana utilizou da truculência contra os servidores, com a utilização de balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo. Dezenas de servidores ficaram feridos e que pode ser constatado em imagens divulgadas pela imprensa e nas redes sociais.

Em nota do Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias no Município de São Paulo (Sindsep) afirmou ser uma irresponsabilidade do presidente da Câmara, o vereador Milton Leite, que não fez nada enquanto do lado de fora os servidores estavam sendo atacados.

O vereador Fernando Holiday, mais uma vez atacou os servidores chamando-os de bandidos e justificando porque a polícia entrou em ação. Para o vereador, os servidores públicos são vagabundos.

Outro vereador, que é do MBL, assim como Holiday, foi o Rubinho Nunes que também chamou os servidores de bandidos, pois segundo ele, haviam atacado servidores da GCM.

Para o Sindsep, o PLO 07 é um absurdo e lembra que o Tribunal de Contas do Município (TCM) apresentou relatório a pedido da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e os técnicos do órgão colocaram os inúmeros problemas no PLO.

Milton Leite ameaçou abrir sindicância contra o técnico por conta do parecer não ser favorável ao PLO. “Mais uma demonstração da truculência para aprovar esse ataque a nossas aposentadorias”, diz o Sindsep.

“Nossa luta vai continuar. Vamos manter o enfrentamento contra esse governo nefasto e o combate pela reversão destes ataques à nossa previdência. Não vamos esquecer aqueles que confiscaram os aposentados e pensionistas. Vamos derrotar os inimigos do povo e dos servidores de São Paulo”, diz trecho da nota do Sindsep.

Repercussão

Deputada Estadual Isa Penna (PSOL-SP)

ABSURDO NA CÂMARA DE SP!

Os vereadores fizeram MANOBRA e aprovaram na calada da noite o #SampaPrev2. O projeto não havia sido aprovado por falta de quórum e a votação seria realizada hoje, mas os vereadores resolveram adiantar o processo e votaram novamente na calada da noite!

 

Deputada Federal Luiza Erundian (PSOL-SP)

O #SampaPrev2 foi aprovado na Câmara dos Vereadores de São Paulo. Não bastasse o confisco das aposentadorias de servidores, pensionistas e aposentados, desproporcional violência policial contra os manifestantes. Uma tragédia promovida por Ricardo Nunes e sua base.

 

Vereador Celso Giannazi (PSOL-SP)

ABSURDO! Após a brutal violência policial de hoje, o #SampaPrev2 foi aprovado na Câmara. Criminoso. Repugnante. Nefasto. Não há adjetivos suficientes para descrever o CRIME que acaba de ser cometido contra os servidores municipais.

 

Deputado Estadual Carlos Giannazi (PSOL-SP)

De forma covarde e violenta, o #Sampaprev2 foi aprovado na Câmara de SP. O projeto de Nunes confisca aposentadorias, precariza o serviço público e ataca direitos dos servidores municipais. Vamos judicializar! A luta não termina aqui.

 

Vereadora Erika Hilton (PSOL-SP)

Hoje enquanto falava sobre o absurdo que é o projeto do Sampaprev, servidores públicos foram violentamente reprimidos na manifestação pacífica que faziam em frente a Câmara! Servidores que trabalham para a cidade de São Paulo são tratados assim pela prefeitura!

com informações da CUT

Fonte: Redação Mundo Sindical

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