Atualmente o mundo do trabalho vive uma grande discussão, especialmente no Brasil, que é a garantia de direitos para os trabalhadores em aplicativos.
Nesta terça-feira (31), em sua coluna no Portal Uol, o jornalista Jamil Chade, fala destaca que sindicalistas brasileiros levaram para a reunião da OIT (Organização Internacional do Trabalho) a criação de uma convenção internacional para a proteção destes trabalhadores.
Antonio Neto, presidente da CSB e o líder da delegação brasileira na conferência da OIT, entregará o projeto para o diretor-geral da entidade, Guy Ryder, e irá debater com entidades de outros países.
Os trabalhadores de aplicativos chegam a ter 18 horas diárias de trabalho por dia, 7 dias por semana, para receber aproximadamente 10 centavos de dólar por hora. “Criaram uma falsa ideia de que estes trabalhadores são empreendedores”, alerta o sindicalista.
No texto Jamil destaca que os caminhos propostos pelos sindicatos brasileiros é de que a nova convenção internacional seja elaborada nos moldes do que foi realizada para os trabalhadores marítimos.
Neto diz: Sem isso estaremos nos calando diante da exploração do trabalho, uma nova escravidão”.
Jamil destaca também que, no ano passado, a OIT já havia alertado para que os governos fortalecessem iniciativas que permitam que estes trabalhadores tenha acesso à negociação coletiva.
Sindicalistas denunciam degradação do mercado de trabalho brasileiro
A degradação do mercado de trabalho brasileiro com destaque para o trabalho doméstico foi denunciada pela CUT, nesta segunda-feira (30), na 110ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (CIT) da OIT. A secretária da Mulher Trabalhadora da CUT, Juneia Batista, fez um discurso enfático que retratou ao mundo tanto as causas do retrocesso em direitos, condições de trabalho e diminuição de renda como seu responsável direito, o presidente Jair Bolsonaro (PL).
Nilton Neco, o secretário de Relações Internacionais da Força Sindical, destaca que a bancada dos trabalhadores participa ativamente dos debates nas comissões, defendendo os direitos e buscando garantir Normas Internacionais do Trabalho mais justas e eficaz para os trabalhadores no mundo. “No Brasil vivemos um dos piores capítulos de sua história nas relações capital trabalho, com grave situação de desemprego, exclusão social, precarização do trabalho e ataque a democracia”, alerta Neco que em razão de ter testado positivo para Covid-19 embarca na próxima quinta-feira (2) para participar dos debates na Conferência.
Confira o texto de Jamil Chade no portal do UOL na íntegra
com informações da Força Sindical, CUT e do Portal UOL