O Brasil atingiu na última terça-feira (26) a marca de 100 veículos eletrificados em circulação, segundo anunciou, dois dias depois, o presidente da ABVE (associação brasileira do setor), Adalberto Maluf. Ele informou que, naquela data, a frota chegou a 100.292 veículos leves, conforme acompanhamento da entidade com empresas associadas.
Assim, também até terça, as vendas de eletrificados somam 23.033 no ano, 31% a mais do que em igual período de 2021. “Esses números incluem os veículos elétricos híbridos (HEV), híbridos plug-in (PHEV) e os elétricos a bateria (BEV); automóveis, comerciais leves, SUVs e utilitários”, diz a associação.
“Esses 100 mil são um grande destaque e mostram que o Brasil está no rumo certo, mas ainda falta muita coisa para a eletrificação avançar”, comentou o executivo, durante palestra no Instituto de Engenharia, em São Paulo. “Precisamos de uma política nacional de eletromobilidade, ou seja, de políticas públicas alinhadas e coordenadas entre o governo federal e os governos estaduais e municipais para incentivar a transição do veículo a combustão para o veículo elétrico.”
Ainda de acordo com a ABVE, em 2021 as vendas globais cresceram 109% na comparação com o ano anterior. Agora, são 16 milhões de automóveis e comerciais leves elétricos circulando no mundo, além de 600 mil ônibus elétricos. “O Brasil não pode isolar-se das cadeias produtivas globais do setor automotivo. O risco é o país perder ainda mais competividade internacional e tecnológica, deixar de gerar renda e não produzir novos empregos de qualidade”, emendou Maluf.
Joint-venture reúne 11 empresas
A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a formação de joint venture entre as empresas BASF, BMW, Henkel, Mercedes-Benz, Bosch, SAP, Schaeffler, Siemens, T-Systems, Volkswagen e ZF. A informação é do portal jurídico Migalhas. “O novo negócio consiste em uma plataforma que possibilitará a troca de dados na cadeia produtiva do setor automotivo”, informa ainda o veículo.
“As companhias envolvidas no ato de concentração atuam globalmente em diversas etapas da cadeia produtiva do setor automotivo e cada uma terá 9,1% do capital social dessa nova operação”, diz o portal. Assim, independentemente da joint venture, “cada corporação continuará atuando de forma autônoma com os seus respectivos mercados e segmentos”.
Fonte: Rede Brasil Atual