
Haddad reforça negociações, Brasil mantém diálogo com EUA, descarta retaliação e detalha plano de contingência – Foto: Marcelo Camargo
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, garantiu que o Brasil continuará na mesa de negociação com os Estados Unidos. Nesta segunda-feira (21), ele reafirmou a determinação em entrevista à Rádio CBN.
Segundo Haddad, o governo trabalha para evitar o tarifaço de 50% anunciado por Donald Trump, mas não descarta que a cobrança comece em 1º de agosto.
Negociação permanente e carta sem resposta
De acordo com o ministro, a orientação do presidente Lula é não dar motivos para sanções. Por isso, Itamaraty, Fazenda e vice-presidência seguem mobilizados.
Na semana passada, o governo enviou nova carta aos EUA, reforçando o apelo por diálogo. Entretanto, ainda não houve resposta oficial ao documento.
Planos de contingência em construção
Enquanto isso, o governo desenha cenários para apoiar setores mais afetados. Assim, um grupo de trabalho estuda alternativas e apresentará as opções ao presidente Lula.
Conforme Haddad, a meta é proteger produtores sem ampliar os gastos públicos. Para ele, o apoio pode vir por linhas de crédito e estímulos, como ocorreu no Rio Grande do Sul após as enchentes.
Reciprocidade sem revanche
Haddad também afirmou que o Brasil não pretende retaliar com medidas iguais. No entanto, estuda aplicar a lei da reciprocidade caso necessário.
Críticas a Bolsonaro e impacto político
O ministro destacou que outros países sofrem com tarifas de Trump. Porém, no Brasil, a relação entre Bolsonaro e Trump agrava o cenário.
Haddad ressaltou que o Brasil é deficitário com os EUA, portanto não justifica uma tarifa tão alta. Segundo ele, uma taxa inicial de 10% chegou a ser negociada.
Pix e meta fiscal inalterada
Além disso, o ministro criticou a investigação anunciada por Trump sobre o Pix, que considera um sucesso. Para ele, o sistema é um modelo que deveria ser copiado.
Por fim, Haddad negou mudanças na meta fiscal e prometeu entregar o melhor resultado das contas públicas em 12 anos. Assim, reforçou o compromisso com emprego e renda.






























