As centrais sindicais – Força Sindical, UGT, CSB e Nova Central, divulgaram nota rechaçando a participação do presidente da República, Jair Bolsonaro, nos atos de sete de setembro, que de acordo com as lideranças sindicais foram atos antidemocráticos. “Objetivo do Presidente e de seus apoiadores é dividir a Nação, empurrar o país para a insegurança, o caos e a anarquia, resultado da reiterada incitação ao rompimento da legalidade institucional, do descumprimento dos preceitos contidos na nossa Constituição democrática”, diz o texto.
Os sindicalistas alertam que a Câmara dos Deputados, o Senado Federal, a Procuradoria Geral da República e o Supremo Tribunal Federal tem a obrigação de cumprir com seu papel constitucional e implementar o processo de impedimento, sem tergiversações.
Ainda no texto, as lideranças sindicais destacam que em nenhum momento Bolsonaro pronunciou nenhuma palavra para aliviar a situação grave do emprego, do preço da carne e, principalmente, da cesta básica, dos aumentos da energia elétrica e dos combustíveis, dos baixos salários, ou seja, nada que interesse à população e aos trabalhadores ou que aponte para um projeto para o pais. “Seu único interesse é permanecer aferrado ao poder mesmo que isso signifique romper a legalidade democrática”, alertam os sindicalistas.
No final do documento eles conclamaram, para que no dia 12 de setembro, todos os setores políticos democráticos, as organizações representativas da sociedade civil, o mundo da ciência e da cultura, os trabalhadores e suas entidades sindicais a cerrarem fileiras em defesa da democracia e das instituições da República, num grande ato que será realizado na Av. Paulista, em São Paulo/SP, pelo impeachment de Bolsonaro.
Confira a seguir a íntegra do documento:
Bolsonaro ultrapassou todos os limites. A hora é de decisão!
Foi deplorável a participação do Presidente Jair Bolsonaro nos atos antidemocráticos realizados no dia que deveríamos comemorar o 199º aniversário da Independência do Brasil. É inquestionável que o objetivo do Presidente e de seus apoiadores é dividir a Nação, empurrar o país para a insegurança, o caos e a anarquia, resultado da reiterada incitação ao rompimento da legalidade institucional, do descumprimento dos preceitos contidos na nossa Constituição democrática.Os discursos do Presidente soam como confissão: agitar contra a democracia e o Supremo Tribunal Federal é crime tipificado na Constituição da República Federativa do Brasil – crime de responsabilidade, no qual ele deve ser enquadrado imediatamente, abrindo-se o processo de impeachment. A Câmara dos Deputados, o Senado Federal, a Procuradoria Geral da República e o Supremo Tribunal Federal tem a obrigação de cumprir com seu papel constitucional e implementar o processo de impedimento, sem tergiversações.A pauta única de Bolsonaro, golpista e antidemocrática, é tão evidente que não ouvimos do presidente nenhuma palavra para aliviar a situação grave do emprego, do preço da carne e, principalmente, da cesta básica, dos aumentos da energia elétrica e dos combustíveis, dos baixos salários, ou seja, nada que interesse à população e aos trabalhadores ou que aponte para um projeto para o pais. Seu único interesse é permanecer aferrado ao poder mesmo que isso signifique romper a legalidade democrática, visto que é cada vez mais evidente seu isolamento político e a perda de apoio popular, em suma, seu projeto de reeleição escorre entre os dedos.Conclamamos todos os setores políticos democráticos, as organizações representativas da sociedade civil, o mundo da ciência e da cultura, os trabalhadores e suas entidades sindicais a cerrar fileiras em defesa da democracia e das instituições da República. A maioria da população tem pronunciado que não aceita os ataques do presidente às instituições constituídas.No próximo dia 12 de setembro será realizado um grande ato na Av. Paulista, em São Paulo/SP, pelo impeachment de Bolsonaro, ato que convocamos e participaremos. Nossa linha é, sempre, frente ampla em defesa do Brasil e da democracia!É hora de decisão e a decisão clara é impeachment já!São Paulo, 8 de setembro de 2021Miguel Torres, Presidente da Força SindicalRicardo Patah, Presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores)Antonio Neto, Presidente da CSB, (Central dos Sindicatos Brasileiros)José Reginaldo Inácio, Presidente da NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores