Em meio a protestos dos petroleiros pelo Brasil e sucessivas altas no valor dos combustíveis, o assunto privatização voltou à tona por meio do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido).
Bolsonaro estava participando de entrevista em uma rádio evangélica em Pernambuco. No programa, ele se queixou de não poder interferir nos preços e que sempre leva a culpa, por isso levantou o tema privatização.
“Já tenho vontade de privatizar a Petrobras, tenho vontade. Vou ver com a equipe da economia o que a gente pode fazer”, disse Bolsonaro. O presidente disse que levará o assunto para o ministério da Economia.
A declaração do presidente acontece um dia depois da Câmara dos Deputados aprovar projeto que altera regra sobre o ICMS de combustíveis e prevê que o tributo seja aplicado sobre o valor médio dos últimos dois anos.
Em nota do Sindipetro PR e SC convocando para os atos dos petroleiros fala sobre a entrega das empresas públicas.
“Precisamos pressionar o governo Bolsonaro para que ele abandone a política de entrega do patrimônio dos brasileiros. Para que assim, façamos a Petrobras voltar a cuidar dos interesses do povo. Incentivando e garantindo o desenvolvimento social e econômico de todas as regiões do Brasil”, destaca a nota do sindicato.
Arthur Lira, presidente da Câmara, também defende a privatização da Petrobras. “Essa é a pergunta que tem que ser feita: então não seria o caso de privatizar a Petrobras? Não seria a hora de se discutir qual a função da Petrobras no Brasil? É só distribuir dividendos para os acionistas?”.
É o momento de pressão dos trabalhadores e do povo para que a privatização não aconteça.
Fonte: Redação Mundo Sindical