PUBLICADO EM 19 de fev de 2025

Bolsonaro é denunciado pela PGR

A denúncia descreve uma suposta tentativa organizada de minar a democracia brasileira, com o objetivo de manter o poder à revelia do resultado das urnas. As ações incluem desinformação, uso indevido de forças de segurança e tentativas de golpe, culminando na invasão dos prédios dos Três Poderes em janeiro de 2023. O documento aponta para uma ampla rede de envolvidos, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, militares de alta patente e autoridades civis.

 

Foto: Marcelo Camargo – Agência Brasil

O Procurador-Geral da República  apresentou denúncia contra um grupo de indivíduos, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, por suposta participação em uma organização criminosa que teria atuado para desestabilizar a democracia e impedir a transição de poder após as eleições de 2022. A denúncia descreve uma série de ações supostamente coordenadas para minar a confiança no sistema eleitoral, promover desinformação e, eventualmente, tentar um golpe de Estado.

Principais Pontos:

Organização Criminosa: A denúncia acusa Jair Bolsonaro e outros membros de seu governo, incluindo militares e autoridades civis, de terem formado uma organização criminosa com o objetivo de manter o poder, mesmo após a derrota nas eleições de 2022. A organização teria atuado desde junho de 2021 até janeiro de 2023.

Ataques ao Sistema Eleitoral: O grupo teria promovido uma campanha de desinformação contra o sistema eleitoral brasileiro, especialmente as urnas eletrônicas, alegando fraudes sem apresentar provas concretas. Essa narrativa foi usada para justificar ações antidemocráticas.

Uso de Forças de Segurança: A denúncia aponta que houve uso indevido de órgãos de segurança, como a Polícia Rodoviária Federal (PRF), para dificultar o acesso de eleitores em regiões onde o candidato da oposição, Lula, teve maior votação. Isso teria ocorrido principalmente no segundo turno das eleições.

Reuniões e Planejamento: Foram realizadas reuniões entre membros do governo, incluindo Bolsonaro, para discutir estratégias de desestabilização do processo eleitoral. Em uma reunião ministerial em julho de 2022, houve menções explícitas ao uso da força e à possibilidade de um golpe.

Ações Após as Eleições: Após a derrota de Bolsonaro, o grupo teria continuado a promover a narrativa de fraude eleitoral, incentivando protestos e acampamentos em frente a quartéis, pedindo intervenção militar. A denúncia também menciona a tentativa de obter apoio de militares de alta patente para um golpe.

Invasão de 8 de Janeiro de 2023: O documento descreve como a organização criminosa teria facilitado e incentivado a invasão dos prédios dos Três Poderes em Brasília, em 8 de janeiro de 2023, com o objetivo de desestabilizar o governo eleito.

Produção de Desinformação: A denúncia detalha como o grupo produziu e disseminou informações falsas sobre o sistema eleitoral, inclusive com a ajuda de influenciadores internacionais, como o argentino Fernando Cerimedo, para ampliar a narrativa de fraude.

Principais Pessoas Envolvidas:

Jair Bolsonaro: Ex-presidente da República, acusado de liderar a organização criminosa e de promover ações para desestabilizar a democracia.

Augusto Heleno: General da Reserva e ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), acusado de participar do planejamento das ações antidemocráticas.

Anderson Torres: Ex-ministro da Justiça, acusado de coordenar ações de desinformação e uso indevido de forças de segurança.

Mauro Cid: Ajudante de Ordens de Bolsonaro, acusado de participar ativamente da produção e disseminação de informações falsas sobre o sistema eleitoral.

Silvinei Vasques: Ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), acusado de direcionar operações policiais para dificultar o voto em regiões favoráveis a Lula.

Fernando Cerimedo: Influenciador argentino acusado de divulgar informações falsas sobre o sistema eleitoral brasileiro, com base em materiais produzidos pela organização criminosa.

Outros Militares e Civis: A denúncia menciona vários outros militares e civis que teriam participado do planejamento e execução das ações, incluindo generais, coronéis e assessores próximos a Bolsonaro.

Confira o Documento da Procuradoria Geral da República (PGR)

 

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