“Como o povo soberanamente decidiu, para lhes resguardar o direito à legítima defesa, vou agora, como presidente, usar esta arma”, afirmou Bolsonaro, mostrando a caneta como se fosse sua arma.
“Estou restaurando o que o povo quis em 2005”, acrescentou Bolsonaro mencionando o referendo realizado há 14 anos.
O decreto refere-se exclusivamente à posse de armas. O porte de arma de fogo, ou seja, o direito de andar com a arma na rua ou no carro não foi incluído no texto.
Para, José Vicente da Silva Filho, coronel da reserva da Polícia Militar, que se manifestou sobre o assunto em entrevista para o site Nexo, dia 13/01/2019, aumentar o acesso às armas de fogo “Vai piorar bastante”, a questão da segurança. Na entrevista ele citou a tese de doutorado do economista do Ipea [Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada], Daniel Cerqueira, que faz um levantamento da relação entre armas e mortes. Segundo o estudo, cada 1% a mais de arma nas mãos da população, morrem 2% a mais.
E são os mais pobres que correm maior risco, conforme alertou o coronel: “A grande maioria das pessoas que morrem por arma de fogo são pessoas pobres, geralmente jovens pobres. Que pessoa pobre pode pagar R$ 4.500 por um revólver .38? Se for olhar, por esse preço se compra geladeira, micro-ondas e fogão de boa qualidade juntos. É o preço de um netbook de última geração, ou de uma televisão grande de alta resolução. Ou se faz uma reforma em casa”. Para ele “Segurança se provê com políticas públicas mais eficientes.