O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) anunciou na manhã desta quarta-feira André Luiz de Almeida Mendonça como futuro chefe da Advocacia-Geral da União em seu governo. Ele vai substituir Grace Mendonça, no cargo desde 2016 e indicada por Michel Temer (MDB).
Funcionário de carreira do órgão que vai comandar a partir de 2019, Mendonça é atualmente assessor especial do ministro Wagner Rosário, da Controladoria-Geral da União — que será mantido na pasta. Em 2011, ele recebeu o prêmio especial do Innovare pela idealização de um grupo de combate à corrupção no âmbito da AGU.
Mendonça foi diretor do Departamento de Patrimônio e Probidade Administrativa da Procuradoria-Geral da União e trabalhou em uma força-tarefa no combate à corrupção e à improbidade administrativa, que identificou 1.276 envolvidos em fraudes e desvio de dinheiro público.
“É um técnico bem preparado e ponderado. Já possui um bom histórico na instituição, com uma boa experiência profissional. Acredito que está apto a lidar com os difíceis desafios que tem pela frente”, afirmou o advogado Luis Inácio Adams, que comandou a AGU durante o governo de Dilma Rousseff.
Formado na Faculdade de Direito de Bauru em 1993, o futuro ministro fez um curso sobre Corrupção e Estado de Direito na Universidade de Salamanca, em 2013. Mendonça é respeitado por advogados e empresários pela capacidade de diálogo na negociação de acordos de leniência.
“Dado o profundo conhecimento sobre a Lei Anticorrupção, certamente dará importante sequência ao programa de leniência, consolidando a atuação conjunta da AGU e da CGU”, afirma o advogado Igor Tamasauskas, que já participou de negociações de com Mendonça e destaca sua visão “madura” sobre o tema e a preocupação em elevar o padrão ético das empresas.
Fonte: Revista Veja