RESUMO
- Os bigodes dos cachorros funcionam como uma espécie de radar, que o ajudam a perceber a profundidade do ambiente ao redor
- Esses pelos possuem nervos e são muito sensíveis, por isso não devem ser aparados ou arrancados
- As vibrissas voltam a crescer quando quebram ou caem, mas não devem ser cortadas ou arrancadas de forma não natural
- A audição e o olfato dos cães são famosos por serem considerados quase como “super poderes” por terem uma precisão altamente apurada. No entanto, os poderes caninos não param por aí e estão também nos bigodes.
As vibrissas – como são chamadas – funcionam como verdadeiros radares e auxiliam os cães em diversos momentos. Elas ajudam os cães a identificar objetos em locais onde eles não conseguem enxergar, dão uma maior noção de profundidade enquanto se movimentam, o que ajuda com que se locomovam e explorem até mesmo em ambientes mais escuros.
Elas nascem em folículos capilares inervados, o que os dá toda essa sensibilidade. Esses pelinhos são mais grossos que o restante dos pelos do cão e estão localizadas em diferentes pontos:
- Vibrissas labiais: na região dos lábios.
- Vibrissas supraciliares: acima dos olhos, como sobrancelhas.
- Vibrissas do queixo: abaixo do queixo, seriam a barba do cão, por assim dizer.
- Vibrissas mandibular: como o nome já diz, estão localizados na mandibula do cão
- Vibrissas zigomático: ficam na bochecha dos cachorros
Esses pelos crescem ao redor do cão em uma largura equivalente ao corpo e a cabeça do cão – o que ajuda a evitar que eles se choquem, pois podem “sentir” a localização de móveis e objetos por meio da corrente de ar.
Estudos apontam que toda essa complexidade fica a cargo de cerca de 40% da parte do cérebro responsável pelo tato dos cães.
Pontos cegos
Os olhos dos cães não conseguem enxergar em locais considerados “pontos cegos”, como logo abaixo do queixo, por exemplo, neste caso as vibrissas do queixo ficariam com essa função.
As supraciliares – ou as sobrancelhas – ajudam a proteger os olhos, já que eles piscam automaticamente quando algum objeto ou sujeiras atingem esses pelinhos.
Esse “sensor canino” é capaz de reconhecer, além da distância, até mesmo o formato dos objetos e distinguir a temperatura pelo vento que as toca.
Queda dos bigodes
É perfeitamente normal que as vibrissas caiam com o tempo, principalmente quando os cães estão no período de troca de pelos, e voltam a crescer normalmente.
Os tutores devem ficar atentos caso notem que essa queda está associada a algum outro sintoma, como mudança de comportamento ou falta de apetite. Nesses casos o recomendado é levar o pet ao veterinário.
Estética
Muitos tutores, para que os pets tenham uma aparência “melhor”, acabam tosando as vibrissas junto com os pelos, isso não é certo. Os cães são muito sensíveis e retirar esses pelos de forma não natural é algo prejudicial ao bem-estar dos pets.
Lembrando que esses pelinhos possuem terminações nervosas e cortá-los diminui em muito os sentidos dos cães e isso pode torná-los até mesmo mais desconfiados.
Esses pelinhos são tão sensiveis que até mesmo ao fazer carinho na região em que eles estão já causa incômodo ao cachorro. Não é difícil perceber que os cães desviam a cabeça quando são tocados nessa região, isso não significa que o cachorro seja antipático.
Fonte: Canal do Pet