PUBLICADO EM 27 de ago de 2018
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Bancários têm proposta de reajuste de 5% e acordo renovado por 2 anos

Décima rodada de negociação entre bancários e Fenaban trouxe proposta a ser levada a assembleias. Proposta feita pelos bancos neste sábado inclui aumento real de 1,18% a todas as faixas salariais e garantia de direitos. Categoria fará assembleias na quarta-feira (29)

Foto: Jailton Garcia/Contraf-CUT

São Paulo – Os bancários receberam na tarde deste sábado (25) proposta de reajuste de 5% e renovação, por dois anos, de todas as cláusulas da convenção coletiva de trabalho, válida para todo o Brasil. A proposta será levada a assembleias pelos sindicatos da categoria na próxima quarta-feira (29).

O percentual incide em todas as verbas, como gratificações, vales alimentação e refeição, auxílio-creche, participação nos lucros ou resultados, e inclui aumento real de 1,18%, considerada uma inflação anual estimada em 3,78%.

A proposta salarial da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), apresentada na décima reunião com o Comando Nacional dos Bancários, abrange todos os bancários de instituições privadas e públicas. A garantia de manutenção de todos os direitos previstos no acordo nacional representa uma superação da “reforma” trabalhista trazida pelo governo de Michel Temer.

A “reforma” permite às empresas, por exemplo, excluir dos acordos os empregados classificados como “hipersuficientes” por receber salários superiores a R$ 11.291,60 (duas vezes o teto do INSS). A proposta negociada neste sábado é estendida a todas as faixas salariais.

A intenção dos bancos de tornar proporcional o pagamento da participação nos lucros ou resultados (PLR) para bancárias em licença-maternidade e afastados por doença ou acidente também foi superada e todos receberão integralmente.

A convenção coletiva, caso a proposta seja aprovada, valerá até 31 de agosto de 2020. Em 1º setembro do ano que vem, prevê reposição da inflação (INPC) e 1% de aumento real.

As coordenadoras do Comando Nacional, Juvandia Moreira (presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro, Contraf-CUT) e Ivone Silva (presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região) avaliam no vídeo abaixo o processo de negociação:

Bancos públicos
Depois da formalização da proposta geral da Fenaban, se estenderam pela madrugada deste domingo (26) as negociações entre as direções do Banco do Brasil e a Comissão de Empresa dos Funcionários, e da Caixa Federal e a Comissão Executiva dos Empregados. Na quarta, haverá também assembleias dos bancários do BB e da Caixa para discussão das propostas específicas. Leia sobre as reuniões com o BB e a Caixa na página da Contraf-CUT.

Juvandia Moreira destacou a seriedade com que o Comando conduziu as negociações, as primeiras depois da aprovação da “reforma” trabalhista e em meio a um cenário de crise provocado pelo governo Temer.

“Em tempos de golpe e retirada de direitos, que buscam o enfraquecimento da classe trabalhadora, os bancários conseguiram garantir, na mesa de negociação, aumento real maior e todos os direitos da CCT, para toda categoria”, avalia Juvandia. Segundo ela, a unidade nacional, entre trabalhadores de bancos públicos e privados, sai fortalecida. “Uma campanha num ano difícil que juntos conseguimos transformar em oportunidade.”

Fonte: Rede Brasil Atual

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