A bancada sindical para a próxima legislatura, que começa no dia 1º de fevereiro de 2019, será menor do que a atual. Foram eleitos somente 33 representantes de sindicatos nas últimas eleições para a Câmara Federal, contra os 51 que atualmente exercem mandato.
O levantamento foi feito pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), com base em dados oficial da Justiça Eleitoral. A partir do próximo ano serão dezoito deputados a menos no debate dos interesses dos trabalhadores, como direitos previdenciários e trabalhistas.
Dos 33 representantes, 27 são reeleitos e apenas seis são novos. O partido com mais membros na bancada é o PT, com dezoito; seguido pelo PCdoB, com quatro; PSB, com três; e PDT, Pode, PR, PSL, PSol e SDD, com um integrante cada.
A bancada sindical teve drástica redução em 2014, quando caiu de 83 para 51 membros. O
analista político Antônio Augusto de Queiroz, diretor do Diap, prevê momentos de dificuldades na atuação da bancada: “Com um ambiente hostil, de desregulamentação de direitos trabalhistas, e uma bancada menor, as dificuldades serão enormes”, explicou o diretor do Diap.
Paulinho da Força, deputado federal reeleito pelo Solidariedade-SP para seu quarto mandato, afirma que, em menor número, a bancada sindical terá trabalho redobrado para resistir à ofensiva contra os direitos dos trabalhadores: “Não podemos recuar, darei continuidade à minha luta pela garantia de direitos, aumento da oferta de emprego e à execução de políticas públicas, a fim de que todo cidadão tenha trabalho digno e qualidade de vida”, afirma Paulinho da Força.
Luiz Carlos Motta, presidente licenciado da Fecomerciários, foi eleito para o primeiro mandato nestas eleições e destaca que mesmo em um terreno hostil, no qual serão 33 deputados engajados na defesa dos direitos dos trabalhadores, não iremos nos intimidar: “A unidade dos trabalhadores, somada à nossa atuação no Congresso, será determinante para o futuro da classe trabalhadora”.
Papel da bancada sindical
A bancada sindical tem a função principal de dar sustentação e fazer a defesa dos direitos e
dos interesses dos trabalhadores, aposentados e servidores públicos, no Congresso Nacional, além de intermediar demandas e mediar conflitos com o governo e/ou empregadores. Por isto, sua redução é preocupante, uma vez que seu papel vai além das fronteiras parlamentares.
Com informações do Mundo Sindical e EBC