PUBLICADO EM 29 de jul de 2023
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Avós da Praça de Maio encontram neto n° 133 sequestrado

Avós da Praça de Maio encontram neto n° 133 sequestrado pela ditadura argentina. Foto: Cris Sille/TELAM

Avós da Praça de Maio, organização que busca encontrar filhos e netos de desaparecidos durante a ditadura argentina (1976-1983), localizou o neto número 133.

Ele é filho de Cristina Navajas e Julio Santucho, ex-membros da guerrilha Partido Revolucionário dos Trabalhadores (PRT) que lutava contra a ditadura.

Desaparecida grávida em 1976

O neto se aproximou da organização de avós ao desconfiar que não era filho biológico do casal que o criou. A mãe biológica do neto 133, Cristina Navajas, desapareceu quando estava grávida em 1976. O pai da jovem sequestrada, Julio Santucho, expressou sua emoção ao reencontrar o neto e afirmou que ele se assemelha muito a si próprio. .

A busca pelo neto nº 133 envolveu o empenho de sua avó, Nélia Navajas, que foi uma das fundadoras das Avós da Praça de Maio, mas infelizmente faleceu em 2012 sem conseguir encontrá-lo, assim como sua filha, que permanece desaparecida. O irmão do neto desaparecido, Miguel “Tano” Santucho, liderou os esforços para encontrar o irmão e a mãe.

Buenos Aires, Argentina – Avós encontram neto n° 133 sequestrado pela ditadura argentina. Foto: Cris Sille/TELAM

Centenas de desaparecidos

A descoberta  realizada pela organização Avós da Praça de Maio, trouxe grande alegria à organização, e por causa disso foi  celebrada pela presidente das Avós da Praça de Maio, Estela de Carlotto. O neto 133 foi registrado como filho de um membro das forças de segurança argentinas e uma enfermeira, contudo desde jovem tinha dúvidas sobre sua verdadeira identidade. Com a ajuda das Avós da Praça de Maio, ele realizou um teste de DNA que confirmou sua filiação biológica.

Avós da Praça de Maio empenhadas

O texto também destaca que ainda existem centenas de pessoas desaparecidas na Argentina, nascidas entre 1975 e 1983, contudo ,estima-se que cerca de 500 bebês de presos políticos foram sequestrados durante a ditadura e entregues a famílias de militares, abandonados em instituições de caridade ou vendidos. A organização continua empenhada em encontrar os netos que ainda estão desaparecidos.

Fonte: Com Agência Brasil

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