PUBLICADO EM 05 de fev de 2021
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Auxilio emergencial pode voltar, afirma ministro da Fazenda

A reportagem do jornalista Vandson Lima, para o Jornal Valor Econômico, apurou que o novo benefício, de acordo com Paulo Guedes, deve alcançar cerca de metade dos 64 milhões de beneficiários contemplados no ano passado.

Fila para entrada em agência da Caixa, em Brasília. Foto: Marcelo Camargo/Ag Brasil

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou na noite desta quinta-feira, após reunião com o novo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que um novo auxílio emergencial, caso necessário, deve alcançar cerca de metade dos 64 milhões de beneficiários contemplados no ano passado.

Guedes admitiu a possibilidade mediante alguns compromissos. “O auxílio emergencial, se nós dispararmos as cláusulas necessárias, em um ambiente fiscal robusto, já mais focalizadas, em vez de 64 milhões, pode ser a metade disso, porque a outra metade já retorna aos programas sociais já existentes e isso vamos nos entender rapidamente”, afirmou.

Ainda segundo o Valor, o ministro salientou que o novo auxílio se daria em um contexto de excepcionalidade. “A pandemia nos atacando de novo, temos o protocolo. Se o Congresso aciona o estado de emergência ou calamidade, temos condições de reagir”. O Brasil já vive uma segunda onda da pandemia, com o número de mortes confirmadas diariamente permanecendo acima de mil casos. Ontem, foram apuradas 1291 mortes nas últimas 24 horas. “Se apertarmos o botão da calamidade pública, podemos atender algumas coisas, travando outras”, reiterou Guedes.

Pacheco deixou claro ao ministro que o atendimento aos mais vulneráveis tem amplo apoio do Congresso Nacional. “O Auxílio emergencial foi muito importante. A pandemia continua e vim externar a preocupação do Congresso com um socorro emergencial a uma camada mais vulnerável. Senti do ministro Paulo Guedes sensibilidade. Está entregue ao ministro a preocupação sobre este tema em específico e ele buscará caminhos”.

Guedes procurou ainda demonstrar otimismo com a nova configuração do poder no Legislativo, após a eleição dos novos presidentes. “Houve uma vitória expressiva de um novo conjunto de forças políticas de centro-direita que tem uma pauta muito afinada conosco e vão agora acelerar as reformas. As privatizações devem andar, a independência do Banco Central”.

Centrais sindicais fazem pressão por continuidade do auxílio

Em meados de dezembro do ano passado, as centrais sindicais divulgaram uma nota defendendo a extensão do Auxílio Emergencial em 2021.

De acordo com as centrais sindicais, várias são as razões para a extensão do auxílio emergencial, entre elas, a crise sanitária do novo coronavírus que parou a economia em todo o mundo com graves consequências, em especial para os mais vulneráveis.

Na época, o documento assinado pelos presidentes das centrais, ressaltou que o desemprego, o desalento e a inatividade forçada pelo isolamento atingiram recordes. “O Auxílio Emergencial, proposto e defendido pelas Centrais Sindicais, movimento sociais e partidos políticos, se mostrou essencial para a proteção de mais de 65 milhões de pessoas no Brasil e para que a recessão seja amenizada, uma vez que garantiu o consumo de milhões de famílias.”

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Já no início do ano as lideranças sindicais fizeram uma força tarefa junto aos parlamentares para recolar na pauta do Congresso a continuidade do Auxílio Emergencial.

Na ocasião, Miguel Torres, presidente da Força Sindical disse: “Entregamos a pauta com os cinco pontos já conhecidos e procuramos mostrar a importância de sua efetividade. Temos sido bem recebidos. Agora, dependemos da dinâmica política. De todo modo, a questão do Auxílio Emergencial pode ganhar força e apoios além da bancada de esquerda ou oposicionista”.

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com informações do Valor Econômico

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