PUBLICADO EM 02 de maio de 2023
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Aumento real dos salários é bom pra todo mundo”, diz Lula em 1º de Maio

Evento realizado, nesta segunda-feira (1º), no Vale do Anhangabaú, em São Paulo, contou com a presença de milhares de pessoas

O 1º de Maio Unificado promovido pelas Centrais sindicais – CUT, Força Sindical, CTB, UGT, Intersindical (Classe Trabalhadora), CSB, Nova Central e Pública contou com a participação do presidente Lula, milhares de trabalhadores e trabalhadoras, dirigentes sindicais, lideranças políticas, movimentos sindicais e população em geral.

Igualdade entre homens e mulheres
Em seu discurso no 1º de Maio, em São Paulo, o presidente Lula defendeu o emprego, paridade de salários entre homens e mulheres, defesa da soberania e combate à pobreza . “Este 1º de Maio é simbólico e temos pela frente um longa jornada para vencer os retrocessos impostos pelo governo anterior e redirecionar o país”, destacou Lula.
Lula destacou, entre as tarefas do governo, o fim na desigualdade salarial entre homens e mulheres e o combate à violência e ao assédio. “Pela primeira vez vamos garantir de verdade que a mulher tem que ganhar o mesmo salário do homem, se ela tiver o trabalho igual”, afirmou o presidente da República”.
Luta contra juros altos
Sobre a luta pela redução dos juros, Lula voltou a criticar os juros altos. Ele associou a falta de vagas aos juros altos. Para o presidente, empresários e economistas, os juros impedem investimentos e consequentemente, a geração de empregos. “A taxa de juros não controla a inflação, ela controla a taxa de desemprego. Não podemos viver mais no país onde a taxa de juros não controla a inflação, ela controla na verdade o desemprego”, reclamou.
Valorização do Salário Mínimo
Lula também anunciou a volta da política de valorização do salário mínimo que, entre 2003 e 2016, valorizou 74% o salário acima da inflação. “Nós instituímos outra vez o aumento real do salário acima da inflação. Daqui pra frente, o trabalhador receberá, além da inflação, a média do crescimento do PIB, como nós fazíamos quando fui presidente”, comemorou.
O presidente destacou ainda que quando o salário aumenta, quem ganha não é só o trabalhador, ganha toda a cadeia produtiva. “O comércio vai gerar emprego e vai encomendar coisa da indústria. A indústria vai gerar emprego e a roda da economia vai voltar a girar”.
Dirigentes sindicais celebram 1º de Maio
Miguel Torres, presidente da Força Sindical ressaltou que se não fosse a eleição do presidente Lula hoje o 1º de Maio Unificado não seria possível. “Não estaríamos realizando este importante e não teríamos a oportunidade de defender os direitos dos trabalhadores”, disse o líder sindical.

O sindicalista destacou ainda que o governo Lula está pavimentando novamente nossa estrada destruída por governos anteriores. “Hoje temos um reajuste real no salário mínimo e aumento na isenção do Imposto de Renda, pode não ser o ideal, mas é o que pode ser feito hoje, por um governo que com certeza pensa nos mais humildes e quer proporcionar uma vida digna para todos”.

O presidente da CUT Nacional Sérgio Nobre, durante seu discurso no ato desta segunda-feira, 1º de Maio, Dia do Trabalhador e da Trabalhadora, afirmou ao presidente Lula que o movimento sindical fará uma campanha permanente contra as altas taxas de juros no país que hoje está em 13,75%, por decisão do Banco Central (BC), que se tornou independente do governo federal no ano passado.

“Vimos nesses últimos sete 7 anos trágicos, que a nossa unidade é fundamental para derrotar o fascismo no nosso país. Mas a nossa unidade vai ser mais importante ainda para reconstruir o que foi destruído por Bolsonaro”, declarou Nobre.

“O senhor em 100 dias de governo fez muito mais para a classe trabalhadora que Bolsonaro em quatro anos”, afirmou.

Ricardo Patah, presidente da UGT afirmou que este 1º de Maio é um dia emblemático, pois é o 1º de Maio da Democracia. “É o 1º de Maio do povo brasileiro que escolheu nas urnas a mudança de rumo ao trocar o Brasil do caos e da violência pelo Brasil da paz, do crescimento econômico, da inclusão social, do emprego, da distribuição de renda”, disse o líder sindical.
Patah alertou que ainda são inúmeros os desafios. “Precisamos combater os juros elevados que não permitem que haja desenvolvimento no nosso país, além disso precisamos solucionar o impasse referente às plataformas chinesas, que estão vendendo seus produtos sem pagamento de impostos e, com isso, retirando empregos no Brasil, a revisão da faixa de isenção do Imposto de Renda, entre tantos outros temas”, explicou Patah.

As falas dos dirigentes sindicais no palco foram intercaladas com apresentações musicais, começando pelo cantor e compositor Zé Geraldo. Ainda irão entreter o público diversos artistas, entre os quais, Leci Brandão, Toninho Geraes, Almirizinho, MC Sofia, Edi Rock, Dexter e Sidney Magal. Além de apresentação do grupo bloco Ilú Obá de Min, a discotecagem será com a DJ Maria Teresa.

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