PUBLICADO EM 15 de out de 2022

As eleições no SinproSP, um exercício de democracia

Se dependesse apenas do cumprimento estrito do estatuto do Sindicato dos Professores de São Paulo, haveria apenas uma chapa na hora de votar, a Chapa 1 – Experiência e Luta para Novos Tempos. Houve pedido de registro de outra chapa, que não chegou a ser registrada porque, no julgamento da Comissão Eleitoral, ao examinar a documentação dos candidatos, não apresentou o número mínimo de professores para compor a chapa. Apenas 18 nomes foram apresentados e, entre esses, um deles não associado do sindicato – totalizando 17 na chapa, abaixo do mínimo estabelecido no Estatuto. A Chapa 1 tem o contingente de completo de 24 candidatos.

A outra chapa postulante apresentou recurso a essa decisão, para substituir o candidato não sindicalizado, que foi examinada pela Comissão Eleitoral, composta de três membros – um coordenador independente e um representante de cada chapa.

O coordenador da Comissão Eleitoral votou pela impossibilidade de substituição, indeferindo o registro da chapa, observando a letra do estatuto do Sinpro SP. A chapa postulante votou naturalmente pela substituição. Por sua vez, ao votar, o representante da Chapa 1 considerou ser mais importante a experiência democrática, a consulta às professoras e professores, do que travar uma disputa jurídica, e aceitou a substituição do componente irregular, permitindo assim que a Comissão, por 2 votos a 1, deferisse o registro da outra chapa, com o número mínimo de candidatos.

É assim que se faz um sindicato forte, em benefício de toda a categoria.

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