PUBLICADO EM 30 de mar de 2023
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Aposentados manterão luta contra juros altos

Dia 13, o Conselho Nacional de Previdência Social reduziu a taxa de juros – de 2,14% pra 1,70% ao mês – no empréstimo consignado a aposentados, pensionistas e Servidores. Os bancos reagiram, anunciaram boicote ao crédito e atraíram para seu cartel até a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil.

O debate prosseguiu, sempre com os bancos na ofensiva. Na terça (28), o Conselho deu um passo pra trás e definiu o novo teto de juros em 1,97%.  “Recuamos no que queríamos para o teto de juros do consignado pela pressão que os bancos fizeram. Mas os juros continuam altos”, declara o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi. Ele promete “novos caminhos” a fim de baratear o crédito aos aposentados.

Segundo João Inocentini, presidente do Sindicato Nacional de Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi-Força Sindical), a entidade defendeu 1,90% como teto de juros. Ele diz: “Era preciso chegar a um acordo. As pessoas que mais necessitam são os pobres, que buscam dinheiro pra comer ou pagar dívidas. Precisávamos resolver esse impasse sem demora”.

Advogada do Sindnapi, dra. Tonia Galetti, tem assento no Conselho da Previdência. Ela avalia positivamente a economia no bolso dos aposentados. “Foi um avanço porque reflete no valor das parcelas que as pessoas vão pagar para os bancos”, argumenta.

GT – Outro avanço é a criação de um Grupo de Trabalho a fim de discutir pontos relacionados ao consignado. “Queremos repensar o formato dos produtos, a forma de abordagem, o acesso ao empréstimo e a questão do cartão de crédito, que pode se transformar numa dívida infinita”, adianta. “Até 5 de abril serão definidos os nomes dos integrantes do GT”, informa a dra. Tonia.

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