Depois de dois dias de greve, os metalúrgicos da Atlas Schindler na região do Vale do Paraíba, conquistaram aumento real de salário, reajuste no vale-refeição e direitos. A paralisação foi encerrada nesta quarta-feira (26), em assembleia virtual, à noite.
A greve começou na terça (25), para pressionar a fábrica a atender às reivindicações dos trabalhadores. Inicialmente, a Atlas ofereceu apenas 8,83% de reajuste, que corresponde apenas à reposição da inflação da data-base (1º de setembro).
Com a paralisação, os metalúrgicos conquistaram 9,5% de aumento salarial, reajuste no valor do vale-refeição, de R$ 26 para R$ 28, e dois anos de vigência das cláusulas sociais.
Além disso, a Atlas se comprometeu a realizar reuniões com o Sindicato, a partir de janeiro de 2023, para rever os benefícios, como os planos de saúde e odontológico e o vale-alimentação.
“Os companheiros da Atlas estão de parabéns. Eles mostraram que a união e mobilização são os melhores caminhos para conquistar aumento real e direitos. Essa paralisação serviu de exemplo, inclusive, para os trabalhadores de outras plantas da empresa”, afirma o diretor do Sindicato Cristiano Souza.
A Atlas tem 40 metalúrgicos, que atendem cidades do Vale do Paraíba, Serra da Mantiqueira e Litoral Norte. Eles fazem manutenção de elevadores e escadas rolantes.
Além das negociações da Campanha Salarial, o Sindicato luta na Justiça pelo pagamento de adicional de periculosidade e insalubridade aos operários.
Como ficou o acordo
- Reajuste salarial de 9,5% retroativo a 1º de setembro;
- Vigência das cláusulas sociais por dois anos;
- Vale-refeição de R$ 28;
- Reuniões para negociar benefícios, a partir de janeiro de 2023.
Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos