Em menos de um ano o ex-ministro Aldo Rebelo saiu do PCdoB, lançou um Manifesto pela União Nacional, passou pelo PSB e entrou no Solidariedade do Paulinho da Força.
Em setembro de 2017, após 40 anos de uma militância que foi do movimento estudantil à presidência da Câmara e ao Ministério da Defesa, Aldo Rebelo desfiliou-se do PCdoB e filiou-se ao PSB, pouco tempo depois de lançar o seu Manifesto pela União Nacional. No PSB ele buscou um diálogo que o lançasse à presidência da República e chegou a divulgar uma carta que dizia: “eu creio, em primeiro lugar, que a solução para o Brasil é a união de amplas forças políticas que quebrem com essa polarização falsa entre esquerda e direta, Norte e Sul, golpista e não golpista. O Brasil precisa da retomada do crescimento, redução das desigualdades. Em função disso, para pregar essas bandeiras, apresentei meu nome”.
Sua passagem pelo partido do saudoso Miguel Arraes, entretanto, foi breve.
No dia 5/4, após ganhar força a chapa de Joaquim Barbosa, ex-presidente do STF, para a Presidência da República, e Marina Silva, da Rede Sustentabilidade, vice, Aldo Rebelo resolveu sair.
Se, por um lado, a desfiliação de Aldo do PCdoB, partido no qual viveu quase toda sua trajetória política, se deu por razões de fundo ideológico, como a fragmentação da luta social em bandeiras minoritárias, por outro, ao deixar o PSB ele não mediu palavras: “o ministro Joaquim Barbosa nunca foi interessado em política, nem nunca valorizou a política. Ninguém sabe o que ele pensa sobre”, afirmou em entrevista à rádio Metrópole (Bahia).
Seu novo partido é o Solidariedade, partido de centro, com viés trabalhista, criado em 2013 pelo deputado federal e presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho. Fontes confirmam que o partido está disposto a lançar sua candidatura à presidência.
Aldo disse ainda que continuará a dar apoio à candidatura de Márcio França em São Paulo, que já tem o apoio do Solidariedade.
“Falsa polarização”
Nascido em Viçosa, Alagoas, José Aldo Rebelo Figueiredo foi vereador na cidade de São Paulo entre 1989 e 1991, e deputado federal pelo estado de São Paulo por seis mandatos. Foi também ministro da Secretaria de Coordenação Política e Relações Institucionais, vinculada à Presidência da República, de 23 de janeiro de 2004 a 20 de julho de 2005 e presidente da Câmara dos Deputados entre 28 de setembro de 2005 e 31 de janeiro de 2007. Entre 27 de outubro de 2011 e 1º de janeiro de 2015 foi Ministro de Estado dos Esportes, deixando o cargo para assumir o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, do qual saiu em 2 de outubro de 2015 para assumir o Ministério da Defesa, no qual ficou até 12 de maio de 2016.
Nacionalista, entre seus projetos mais conhecidos estão o que trata da redução de estrangeirismos na língua portuguesa e a relatoria do projeto do novo Código Florestal Brasileiro, transformado na Lei 12.651/2012.
Em debate promovido pelo site Rádio Peão Brasil, em São Paulo, Aldo disse que existem instituições que “confundem a missão de combater a corrupção com a substituição da política” e lamentou a perda de patrimônio, físico e de inteligência, provocada sob pretexto – legítimo – de combate à corrupção. Na ocasião ele também chamou de artificial o contraponto entre Estado e mercado, já que há áreas onde um e outro são necessários e afirmou que vivemos uma “desorientação e falsa polarização”, com avanços de interesses minoritários e “até antinacionais” e que é preciso “unir amplas forças políticas, econômicas e sociais para retomar o caminho do desenvolvimento e dos direitos”.
Seu Manifesto pela União Nacional defende que “Não há como se negar que o Brasil precisa de reformas que corrijam distorções, eliminem privilégios corporativos, facilitem a empregabilidade e o funcionamento da economia. Mas não haverá equilíbrio da Previdência se não houver emprego e arrecadação. Não haverá reforma que convença o empreendedor privado a investir se não houver perspectiva de demanda. E para o Brasil voltar a crescer, o primeiro consenso a ser alcançado é que todos se convençam disso. Nenhum homem ou mulher de boa vontade irá se opor a algum sacrifício se isso significar esperança para si e futuro para seus filhos. Mas todos precisam abrir mão de alguma coisa. São inaceitáveis reformas que descarreguem o peso do ajuste sobre os ombros dos mais fracos e protejam os interesses de grupos elitistas que concentram o patrimônio nacional”.
luiz carlos de andrade
parabens ao dep.paulinho por ter trazido uma das melhores cabeca desse pais homem que conhece o pais como pouco dono de uma grande integridade capaz de nos ajudar a atravessar este perio dificil da vida brasileira agora sim o solidariedade vai dar um grande pulo e os brasileiros foram contemplados.
Clovis Mendes LINHARES
A diretoria do sindicato dos trabalhadores nas industrias do Vestuario STIVEL da apoio PARA PRESIDENTE PAULO PEREIRA DA SILVA o Paulinho da força sindical