PUBLICADO EM 27 de maio de 2020
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Ação do STF contra rede de fake news faz busca e apreensão no DF e em cinco estados

Empresário Luciano Hang, Roberto Jefferson, deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP), blogueiros Allan dos Santos e Sara Winter estão entre os alvos

Disparo em massa de fake news que agiu nas eleições de 2018 estaria estaria operando para para causar ataques ao STF – Foto: Reprodução

Agentes da Polícia Federal (PF) que atuam apuração no inquérito que investiga a disseminação de fake news por redes bolsonaristas cumpre nesta quarta-feira mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e no Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso, Paraná e Santa Catarina.

Entre os alvos da operação está o empresário Luciano Hang, dono da Havan e apontado como um dos financiadores dos disparos em massa de fake news desde antes das eleições de 2018. O ex-deputado Roberto Jefferson, condenado por corrupção, o deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP), e os blogueiros Allan dos Santos e Sara Winter também estão entre os investigados. Sara Winter é uma das lideranças do acampamento golpista “300 do Brasil” instalado na Esplanada dos Ministérios.

O inquérito foi aberto em março do ano passado, por determinação do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli. E apura a relação das fake news com as ameaças contra ministros da corte. O relator do caso no STF é o ministro Alexandre de Moraes.

Moraes já havia proferido decisão para que os delegados que estão nas investigações não fossem removidos do seus postos pela Polícia Federal (PF). A decisão ocorreu dois depois da reunião ministerial de 22 de abril, na qual o presidente Jair Bolsonaro expôs sua disposição de interferir na PF.

O processo foi baseado em denúncias de que a rede de disseminação de notícias falsas a favor de Bolsonaro, com uso de robôs e disparos em massa, permanece ativa. O esquema estaria funcionando desde 2018, depois de ter atuado no período eleitoral. O processo corre em segredo de Justiça.

Críticas
A ação tem recebido questionamentos. Toffoli não a determinou por intermédio do Ministério Público, mas por ato de ofício. E o ministro Alexandre de Moraes foi designado relator por indicação do presidente da Corte, não por sorteio. O procurador-geral da República, Augusto Aras, e a Advocacia Geral da União apoiam o processo, desde que seus desdobramentos seja encaminhados pelo MPF. E Moraes, relator nessa fase, não poderá atuar como julgador.

Fonte: Rede Brasil Atual

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