PUBLICADO EM 29 de jul de 2022
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A empresários, Lula diz as ‘palavras mágicas’ para país deixar de ‘andar para trás’

Em encontro na CNT, candidato lembra investimentos do PAC que foram abandonados. “Governo precisa ter credibilidade, estabilidade e previsibilidade”

Em Brasília, ex-presidente visitou a sede da Confederação Nacional do Transporte (CNT) e recebeu da direção da entidade documento com demandas do setor – Foto: Ricardo Stuckert

Em encontro hoje (28) em Brasília com a direção da Confederação Nacional do Transporte (CNT), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que “o Brasil andou para trás” e, para fazer tudo que precisa para consertar o que foi desfeito, o governo precisa de “credibilidade, estabilidade e previsibilidade”. No evento, o candidato recebeu um documento com demandas do setor.

Sobre essas três características que considera fundamentais ao gestor público, Lula disse “primeiro, as pessoas que compõem a sociedade têm que acreditar naquilo que o governo está falando. Segundo, as pessoas precisam ter certeza de que há estabilidade política, estabilidade econômica e estabilidade jurídica para que as coisas discutidas possam acontecer. E você não pode ser pego de surpresa – a cada dia que você levanta – com notícia diferente do que foi acordado. É por isso que considero essas palavras mágicas”.

Ao lado do candidato a vice-presidente, Geraldo Alckmin, o petista ouviu as demandas do setor de transportes nas áreas de melhoria da infraestrutura, solução de entraves à competitividade, sustentabilidade econômica e ambiental e segurança jurídica.

Estado indutor
A uma plateia de empresários, Lula lembrou projetos de seu governo na área de infraestrutura de transporte, como o fortalecimento da indústria naval, da navegação de cabotagem, de ferrovias e rodovias. E que o país “andou para trás, porque alguém trabalhou para isso.”

“A indústria naval acabou, a ferrovia andou menos do que poderia andar, as rodovias andaram menos do que deveriam andar. Nós vamos ter que começar como se fosse um posto de gasolina: ‘sob nova administração’”, afirmou.

O candidato destacou que o Estado tem “papel preponderante” como indutor do desenvolvimento e disse que o Brasil tem que tirar proveito do seu potencial. “Eu não defendo o Estado empresário, defendo o Estado indutor. Se nós quisermos fazer que o Brasil tenha a infraestrutura que precisa, temos que fazer o dinheiro aparecer, e o dinheiro existe. (…).”

Ponto a ponto
Ele reconheceu ainda haver entraves tributários e propôs debater sobre, em vez de fazer uma reforma complexa, fazer ponto por ponto mudanças no modelo de tributação satisfatórias para todos.

Por sua vez, o ex-governador Geraldo Alckmin afirmou que as propostas mostram a Importância da sociedade civil organizada em entidades como a CNT. “O transporte é um setor estratégico para o desenvolvimento nacional, que pode ser parceiro do Estado no crescimento e entregou aqui uma verdadeira agenda de competitividade e infraestrutura”.

Aloizio Mercadante, presidente da Fundação Perseu Abramo e coordenador do programa de governo, relatou aos empresários sobre a elaboração do plano com participação popular. O documento recebeu cerca de 15 mil propostas, das quais 100 de entidades ligadas ao transporte. “Vamos chamar todos para um diálogo”, disse. Ele lembrou também que os governos do PT desenvolveram o PAC (Plano de Aceleração do Crescimento), que em 13 anos investiu R$ 21 bilhões ao ano em logística e R$ 173 bilhões em mobilidade.

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