A paralisação dos professores e professoras de Curitiba (PR), dia 30, pra pressionar o governo de Rafael Greca (PSD) a negociar com a categoria alterações na proposta do ‘plano destruidor de carreiras’, surtiu efeitos: o congelamento do plano por mais 6 meses e abrir negociação com a direção do Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (Sismmac).
Na quinta, em meio à manifestação, o secretário de Governo Luiz Fernando Jamur solicitou uma reunião com o Sismmac para tratar do plano de carreira do magistério.
Resultado – Na reunião com os representantes da categoria, o secretário de Governo reafirmou que o congelamento do plano por mais 6 meses servirá para que haja negociação entre a Prefeitura e a categoria. Isso significa que o debate, por enquanto, não será feito no âmbito da Câmara dos Vereadores.
Ficou pactuado que dirigentes do sindicato irão se reunir com a PMC, com a presença da secretária de Educação do município, Maria Sílvia Bacila, para tratar do plano de carreira do magistério.
A direção do Sismmac fará, em breve, uma assembleia da categoria para tratar dos próximos passos da luta, com o compromisso de produzir um documento para ser entregue à PMC no começo do próximo ano, contendo aquilo que o magistério espera da carreira.
Para a diretoria do Sismmac, essa mudança da postura da PMC, com a retomada das negociações, mostra que a luta da categoria vem dando resultado. Por isso, alertam, é preciso manter as mobilizações, tanto nas redes sociais como nas escolas, com a participação intensa da categoria nas ações que o sindicato vem realizando.
Para o Sismmac, as profissionais do magistério não podem ser tratadas apenas como números em uma planilha financeira.
A proposta da Prefeitura vai ampliar o sofrimento de milhares de servidoras, afirma o diretor do Sismmac João Paulo Souza. “Há professoras que ingressaram na rede pública municipal depois de 2012 e ainda estão com os salários iniciais. Tem professoras que vão se aposentar ganhando um salário-mínimo. Isso é fazer o magistério passar fome”, diz, indignado, o dirigente.
Fonte: Agência Sindical