O pagamento do 13º salário a trabalhadores na base do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC deverá adicionar R$ 430,8 milhões à economia da região. A estimativa é da subseção do Dieese na entidade, que considera um universo de 71,4 mil trabalhadores, com rendimento médio mensal de R$ 6.031. A base considera quatro dos sete municípios da região (São Bernardo do Campo, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra).
Os dados têm como referência a Relação Anual de Informações Sociais (Rais), o “novo” Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e Previdência Social. Segundo o Dieese, a categoria representa 5,5% do total de trabalhadores que deverão receber algum abono de final de ano no Grande ABC e 11,1% do valor total previsto.
Crédito e consumo
“Quando comparados ao total de trabalhadores formais da região, constata-se que os metalúrgicos do ABC detêm 9% dos empregos. Mas respondem por 15,8% do montante pago aos trabalhadores com carteira assinada”, informa o Dieese. Assim, já em comparação com os demais trabalhadores da indústria de transformação, os metalúrgicos concentram 48,3% do 13º.
“São valores que serão incorporados na economia regional. Com este dinheiro, os trabalhadores consomem, pagam suas dívidas e têm acesso ao crédito, que tanto falta no país”, comentou o presidente do sindicato, Moisés Selerges. “O 13° é um direito importantíssimo conquistado pelos trabalhadores e o governo atual, com a reforma trabalhista, tentou tirar. Esse dinheiro é fundamental não só para os metalúrgicos do ABC, mas para nossa região como um todo.”
Economia se movimenta
Segundo ele, o 13º é “sagrado” para os trabalhadores. “É um montante essencial para o comércio, serviço e indústria. Isso faz com que a economia se movimente, que é o que o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC sempre defendeu. Coloque dinheiro no bolso do trabalhador que ele fará a economia girar, com geração de mais empregos e consumo.”
Além disso, no total, ainda de acordo com a subseção do Dieese, os recursos do 13º salário dos metalúrgicos em toda a região do ABC deverão somar R$ 3,9 bilhões. Esse valor inclui R$ 2,7 bilhões dos trabalhadores com carteira assinada (792 mil) e R$ 1,2 bilhão de aposentados e pensionistas da Previdência Social (510 mil). O Grande ABC responde por 1,6% do 13º no país.
Fonte: Rede Brasil Atual