Com ampla adesão, a greve continua e as servidoras e os servidores públicos de São Paulo marcham nesta sexta-feira (23), da avenida Paulista para a Câmara Municipal, contra o Projeto de Lei (PL) 621/16 (Sampaprev), que muda a previdência municipal, aumentando o desconto no salário de 11% para até 19%.
A próxima assembleia acontece na terça-feira (27), às 14h, em frente á Câmara Municipal (Palácio Anchieta, no Viaduto Jacareí, 100, na Bela Vista). “A paralisação está forte e com apoio da população”, diz Claudete Alves, presidenta do Sindicato dos Educadores da Infância (Sedin) de São Paulo.
Ela conta ainda que “as pessoas entenderam que estamos em greve e nos manifestando nas ruas pela melhoria do serviço público e em defesa de uma aposentadoria decente”.
Até o Tribunal de Contas do Município (TCM) questiona a reforma da previdência proposta pelo prefeito João Doria (PSDB). De acordo com informações do G1, “o TCM afirma que a Prefeitura não justificou a necessidade do aumento da alíquota para diminuir o rombo da previdência. Disse ainda que a reforma vai agravar as perdas salariais dos servidores”.
Para o TCM, a criação da alíquota suplementar ao desconto da previdência das servidoras e servidores “é inconstitucional e pode ser interpretada como ‘confisco’”, diz a reportagem do G1.
“Nenhum direito a menos, nenhum desconto a mais” é a palavra de ordem do Sedin. “Não sairemos das ruas até o PL 621 ser arquivado”, reforça Alves. “Até lá, não tem arrego”. Ela acentua que as servidoras e servidores querem “discutir propostas para melhorar a previdência municipal, em vez de aumentar os descontos salariais”.
Fonte: Portal CTB