Os trabalhadores e trabalhadoras na IGP, Parker e Brasmetal participaram na manhã de ontem de assembleia conjunta no corredor que reúne as empresas em Diadema. Na ocasião foi aprovada mobilização de Campanha Salarial por reposição da inflação e aumento real.
O presidente do Sindicato, Moisés Selerges, conversou com os companheiros e companheiras sobre os rumos da Campanha Salarial e a choradeira dos patrões.
“O que é incrível é que todo ano eles dizem que não dá para dar o nosso aumento. A inflação está muito alta, o que queremos é repor o que já perdemos para que possamos ir ao mercado comprar os alimentos para nossa família, roupas para os nossos filhos, fazer um churrasquinho. Queremos o nosso aumento e nossos direitos por uma questão simples e básica, somos nós que produzimos a riqueza deste país”.
O secretário-geral dos Metalúrgicos do ABC, Claudionor Vieira, também deu o recado. “Não imaginem que a Campanha Salarial será resolvida só com assembleias. Temos que estar preparados porque se os patrões não entenderem o recado, vamos ter que parar as fábricas. Essa situação precisa ser resolvida e os trabalhadores tem que sair vitoriosos dessa luta”.
IGP
“Os companheiros ficam perguntando sobre o dissídio, não existe dissídio, não existe aquela questão do aumento do governo, o que existe é nossa luta, organização e mobilização para alcançar nossos objetivos”, ressaltou o coordenador da Regional Diadema e CSE na IGP, Antônio Claudiano da Silva, o Da Lua.
O CSE na fábrica Ricardo Torres de Oliveira, o Trakinas, chamou para a mobilização. “Todos vêm acompanhando na Tribuna Metalúrgica que fácil não está, na verdade nunca foi fácil, mas o que faz esses acordos prosperarem é nossa união, nosso recado, nossa afirmação que temos sim que arrancar o aumento real e fechar uma Convenção Coletiva de Trabalho”.
Brasmetal
“É com muita alegria que vemos vocês mobilizados, unidos, com essa garra de brigar por um direito nosso. As bancadas patronais querem nos humilhar ao propor o parcelamento do INPC em duas vezes, isso não podemos aceitar”, afirmou o CSE na Brasmetal, Vinícius Oliveira Dionísio.
Parker
O CSE na Parker, Benedito Carlos Amâncio Silva, o Benê, ressaltou uma garantia na Convenção Coletiva para as mulheres, porém apontou o entorno para mostrar que elas são poucas, já que muitas são demitidas após a licença maternidade.
“Nossas companheiras obtiveram conquistas importantes nesse processo de negociação, têm os seis meses de licença maternidade, mas depois disso, olha só o que acontece, as empresas mandam embora. Então quem acha que política não deve ser discutida do nosso dia a dia está por fora”.
Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos do ABC